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24 de maio de 2012
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18:32

Cerca de 500 são presos em greve contra aumento da mensalidade no Canadá

Por
Sul 21
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Estudantes protestam contra aumento da mensalidade nas universidades do Canadá./Foto: Ricardo Araújo

Da Redação 

Cerca de 500 pessoas, entre estudantes e protestantes que estão mobilizados desde o retorno das férias para contestar o aumento nas mensalidades das universidades do Canadá, foram presas nesta quinta-feira (24). Foi o maior número de prisões em Montreal desde o início dos protestos, há um mês. Outras 170 pessoas foram detidas em Québec.

Segundo a Polícia de Montreal, foram vários dias de violência durante os atos de reivindicação contra a proposta de aumento nas taxas pagas às universidades do país. A polícia obedeceu a uma nova e polêmica lei (Lei 78) que impôs restrições a protestos e, com isso, declarou a manifestação ilegal. Segundo a polícia, os manifestantes atiraram pedras contra os oficiais.

Lei 78 proíbe manifestações noturnas no Canadá./ Foto: Ricardo Araújo

O jornalista brasileiro Ricardo Araújo, que estuda em Montreal e acompanhou os protestos, conta que entre as restrições está a proibição de atos não avisados previamente e aqueles promovidos à noite. Segundo ele, os manifestantes informaram da greve dos 100 dias. “Mas na primeira esquina os estudantes mudaram o trajeto. Como tinha muita gente, a polícia não pode fazer nada para impedir o ato”, conta. Ele fala que à noite são comuns os encontros dos estudantes, que não concordam com as restrições à livre manifestação. “Neste ato, a polícia é ignorada. Por isso as prisões. Nesta quarta-feira (23), ocorreu uma batucada de panelas, o que motivou maior número de prisões”, conta.

Os protestantes lançaram um site como porta-voz dos manifestos. Segundo a associação que organiza o movimento estudantil canadense, a mobilização irá continuar lutando pelos direitos fundamentais da liberdade de manifestação e expressão. “A classe continuará mobilizada. Obedecer esta lei injusta é equivalente a desistir de nossos direitos. Não vamos fazê-lo”, diz o porta-voz Gabriel Nadeau–Dubois.


 

 


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