O capitão da Brigada Militar Juliano André Amaral, que comanda seis cidades da Serra Gaúcha, mostrou uma visão peculiar no Twitter sobre o taser, equipamento que dá choque, tido como não-letal, mas que matou um brasileiro na Austrália recentemente. Para o capitão, o cidadão que não se “meter em confusão” e “respeitar a polícia”, não precisará fazer o “teste”, para saber se o taser mata ou não. Logo, quem não seguir o que ele diz está sujeito a ser assassinado pelas autoridades policiais — e com razão, deve pensar o capitão. “TASER: se não quer saber se ela pode matar ou não, fàcil, não se meta em confusão, respeite a polícia e não precisarà passar no teste!”
Internautas espanhóis reclamam do aumento de restrições à entrada no Brasil
Diversos internautas espanhóis reclamaram nesta segunda-feira (2), nos foros de debates dos principais jornais do país contra a decisão brasileira em começar a aplicar o princípio de reciprocidade aos espanhóis que venham ao Brasil, aumentando a restrição para sua entrada. Eles argumentam que a restrição deveria ser aplicada a todos os países da União Europeia e não só a Espanha, considerando a medida persecutória, chegando a classificá-la de “racista”. Um número expressivo, porém menor de internautas entenderam a medida razoável, e que apenas exige os mesmos requisitos dos brasileiros que entram na Espanha. Por outro lado, espanhóis que vivem no Brasil ou são casados com brasileiros concordaram com a medida do governo sul-americano. A medida é uma reação aos brasileiros que têm sido constantemente barrados no país ibérico, além de acusarem sofrer maus tratos pelas autoridades de imigração espanholas. Eles relataram casos de discriminação e preconceito, além de serem impedidos de se comunicar com autoridades do Brasil. A alegação do governo espanhol é que eles não cumprem todos os pré-requisitos para permanecer no país. Entre as novas exigências previstas para os espanhóis estão passaporte válido por seis meses, bilhete aéreo de ida e volta, comprovação de recursos para estadia e hospedagem garantida. Para os brasileiros que vão para a Espanha são submetidos a essas mesmas obrigações.
Coadjuvante de Cachoeira sai de cena
O deputado federal Stepan Nercessian (RJ) se licenciou do PPS, no último sábado 31. Nercessian foi um dos flagrados pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal (PF), em conversas telefônicas com o controlador de jogos ilegais em Goiás, Carlos Augusto Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. A licença se dará “até que os fatos sejam apurados e esclarecidos”, disse o deputado. Nercessian também se licenciou de todos os cargos que ocupa na Câmara dos Deputados, inclusive o de membro titular das comissões de Educação e de Segurança Pública. Nercessian e Torres não foram os únicos parlamentares flagrados pela Polícia Federal em conversas com Carlinhos Cachoeira. Outros deputados de Goiás, como Carlos Alberto Lereia (PSDB) e Sandes Júnior (PP) também tiveram telefonemas com Cachoeira grampeados pela PF.
Jornalista uruguaio denuncia grampo em seu telefone após críticas ao Ministério da Defesa
O jornalista uruguaio Javier Bonilla acredita que seu telefone está sendo interceptado pelo governo nacional por causa de um artigo que ele publicou na revista alemã “Tecnologia Militar”. Desde então, ele diz que vem recebendo ligações diretamente do gabinete da Presidência do Uruguai pedindo que ele “baixe o tom” nas críticas. E amigos do jornalista, inclusive brasileiros, têm relatado que receberam ligações de seu celular em horários impróprios. Javier Bonilla nega ter feito essas chamadas e diz que está sendo grampeado pelo governo de José Mujica. Especialista em temas relacionados à defesa, o jornalista escreve para veículos estrangeiros e critica a condução política da segurança nacional no Uruguai. Javier Bonilla entende que o Ministério da Defesa tem sido comandado por pessoas que não entendem do assunto e que há assessores e apadrinhados políticos com poder de decisão ganhando salários mais altos que o dos chefes militares.
Helicóptero com rifles vigia trabalhadores em Belo Monte
Em greve desde o dia 28 de março, os trabalhadores que constroem a hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira, no Pará, reivindicam melhor alimentação, o direito de morarem fora dos canteiros de obras, o pagamento de hora extra aos sábados e reajuste salarial. Nesta segunda-feira (2), houve repressão policial durante o pagamento de uma parte dos salários. O jornalista Ruy Sposati testemunhou os acontecimentos e postou, em sua página no Twitter, a fotografia de um helicóptero – que ele diz ter sido fornecido pelo consórcio Norte Energia à Polícia Militar – que sobrevoava o local onde estavam os trabalhadores, mantendo-os sob a mira de um rifle sniper, que permite uma mira precisa a longa distância.
Síria é o país mais perigoso para jornalistas; Brasil aparece em segundo
Segundo estudo divulgado nesta segunda-feira (02) pela PEC (Campanha Emblema de Imprensa, na sigla em inglês) a Síria é o país mais perigoso para o trabalho de jornalistas. Logo após o país árabe, que registrou nove mortes, aparece o Brasil, com cinco profissionais da imprensa mortos. A pesquisa é feita a partir dos dados dos três primeiros meses deste ano. Ao todo, 31 jornalistas morreram entre janeiro e março, em todo o mundo. Em terceiro lugar na lista dos países mais perigosos para os jornalistas aparece a Somália, com três mortes, seguida de Índia, Bolívia e Nigéria, com dois jornalistas mortos. Afeganistão, Colômbia, Haiti, Honduras, México, Paquistão, Filipinas e Tailândia registraram uma morte cada um.
2º Fórum de Comunicação Digital
Será realizado de 13 a 15 de abril, em Fortaleza (CE), o II Forúm de Comunicação Digital (WebFor). Entre os participantes, estão confirmados o deputado federal Artur Bruno (PT-CE), o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu e a secretária nacional de Comunicação da CUT, Rosane Bertotti (SP). Os blogueiros e ativistas de internet estarão debatendo este ano o Marco Regulatório das Comunicações, a Democratização da Mídia e a Banda Larga no Brasil. São esperadas 5 mil pessoas. Informações sobre o evento e inscrições aqui.
