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9 de abril de 2012
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15:08

Encolhimento da indústria no Brasil é contestada por economista

Por
Sul 21
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| Foto: Jefferson Bernardes/Flickr

Da Redação

Enquanto federações de empresários e líderes da oposição afirmam que o país vive um momento de desindustrialização, o economista Duilio de Avila Bêrni que participou de um seminário organizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) defendeu que tecnologia na agricultura e na mineração precisa ser levada em conta nessa análise.

No cenário econômico brasileiro, Berni não vê sinais econômicos como “desindustrialização” e “reprimarização do comércio exterior”, termos que sugerem retrocesso no desenvolvimento. Pelo contrário, o estudioso das relações entre os setores produtivos apresentou estudo que contesta a tradicional associação da agropecuária e da mineração com o atraso. As informações foram divulgadas em reportagem da Folha de S. Paulo nesta quinta-feira (9)

Para Bêrni, a indústria não vive um processo anormal de encolhimento no Brasil e alimenta a controvérsia que existe em torno do assunto. “O novo perfil da pauta de exportações está gerando crescimento intersetorial, uma vez que os produtos primários estão cada vez mais intensivos em conhecimento e capacitação técnica”. Um exemplo seria o uso de informática e biotecnologia na agricultura.

Longe do consenso

O debate sobre a exportação de primários está longe de chegar a um consenso. O próprio Ipea divulgou documento que identifica um processo alarmante de desindustrialização no Brasil. A mesma tese já foi defendida por federações empresariais e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), além de líderes oposicionistas, como os tucanos José Serra e Aécio Neves. O governo Dilma, que evita usar o termo, segue a agenda de desonerações tributárias, subsídios e outros incentivos pleiteados pelo empresariado, embora sob críticas ao alcance das medidas.


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