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24 de janeiro de 2012
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21:17

Mercadante e Raupp assumem e Haddad é mais candidato do que nunca

Por
Sul 21
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Haddad deixa o MEC e parte para a candidatura em São Paulo, articulada por Lula | Foto: José Cruz/ABr

Da Redação

Aloizio Mercadante tomou posse na tarde desta terça (24) no Ministério da Educação, bem como Marco Antonio Raupp, que o substituirá na Ciência e Tecnologia. Mas quem chamou atenção na cerimônia foi o agora ex-ministro – e cada vez mais candidato a prefeito de São Paulo – Fernando Haddad. Ele se emocionou ao lembrar dos seis anos à frente da pasta e agradeceu pelo apoio que recebeu do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousseff. Lula, que está em tratamento para combater um câncer na laringe, voltou pela segunda vez ao Palácio do Planalto desde a posse da sucessora – a outra vez havia sido no enterro do ex-vice-presidente José Alencar.

Foi Lula quem indicou Haddad para a candidatura à Prefeitura de São Paulo, conseguindo criar um consenso no PT paulistano, mesmo com nomes de peso como o da senadora Marta Suplicy no páreo. A ida do ex-presidente ao Planalto sinaliza que ele vai até o fim para tornar exitosa a campanha do ex-ministro.

“Foi uma honra iniciar os trabalhos na Educação pelas mãos de um metalúrgico”, disse Haddad na cerimônia. “Falo isso como professor universitário”, acrescentou o ex-ministro, ressaltando que teve “apoio incondicional” tanto no governo Lula, quanto agora com a presidenta Dilma.

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Lula, de chapéu, foi recebido por Dilma em sua primeira visita festiva ao Planalto | Foto: José Cruz/ABr

O ex-ministro destacou entre suas realizações o ProUni e fez um agradecimento especial ao Congresso que, segundo ele, teve uma visão suprapartidária ao aprovar mais de 50 projetos de lei e duas propostas de emenda à Constituição (PECs) encaminhados pelo Ministério da Educação nos últimos anos. Ele citou a PEC que incluiu a pré-escola e o ensino médio na escolaridade obrigatória.

Haddad também lembrou o pacto feito com os prefeitos e governadores que aderiram ao Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), que estabeleceu metas de qualidade a serem alcançadas por todos os sistemas de ensino até 2020. “Hoje o Brasil é o único país que tem metas quantitativas para a educação, mas também metas qualitativas. Se o Brasil mantiver o rumo, nós vamos erradicar a pobreza, educar nossa gente e garantir oportunidades a todos os cidadãos brasileiros”, disse.

Petistas enchem a bola do candidato

A presidenta Dilma Rousseff e o novo ministro, Aloísio Mercadante, trataram de encher a bola do candidato que é a esperança do PT para iniciar uma quebra da hegemonia do PSDB no Estado de São Paulo. Mercadante disse que será um grande desafio continuar o trabalho da gestão anterior e que o nome de Haddad está entre os melhores ministros da Educação que o país já teve.

“A história será escrita pelos historiadores, mas não vejo como seu nome (Haddad) não possa estar entre os grandes ministros da Educação por sua capacidade de expandir oportunidades da pré-escola à pós-graduação, de construir programas inovadores e criativos”, afirmou Mercadante, agradecendo o apoio da presidenta Dilma e a presença do ex-presidente Lula.

Dilma Rousseff classificou Haddad como “um grande gestor”. A presidenta disse estar “feliz” com o novo “desafio” do ex-ministro. Já o ex-presidente Lula participou sentado no palco, ao lado de Dilma, e foi recebido sob aplausos e gritos de “Olé, olé, olá, Lula”. Entretanto, não falou na cerimônia, nem deu entrevistas.

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Mercadante tem o que Dilma gosta, ela o considera bom "gestor" | José Cruz/ABr

Dilma e Mercadante trocam afagos

Dilma tem considerado Aloísio Mercadante como uma “revelação” de seu governo, revelam fontes palacianas. O fato de ter trocado o ex-senador de uma pasta menor, Ciência e Tecnologia, para a Educação, deixa isto ainda mais evidente. Na cerimônia desta terça, a presidenta mostrou publicamente seu apreço por ele: “O ministro Mercadante é um excelente gestor”. Dilma finalizou seu discurso agradecendo a presença “do nosso inesquecível presidente Lula”.

Antes disto, Mercadante havia elogiado a chefe, ressaltando qualidades dela. “Aprendi muito (com a Dilma) e sei que vou continuar aprendendo. Foi uma honra e um aprendizado inédito trabalhar com essa eficiência e esse rigor que o Brasil precisa”, disse. Em discurso breve, o ministro não adiantou quais serão as linhas centrais de seu trabalho à frente do MEC.

“Inovação é imperativo”, diz Raupp

Em seu discurso de posse, o novo ministro Marco Antonio Raupp afirmou que pretende ampliar a infraestrutura da ciência e tecnologia, e unir universidades e institutos de pesquisa para desenvolver projetos estratégicos. Ele também disse que a inovação é uma obrigação que o país tem pela frente.

“Tenho absoluta consciência da exigência sem precedentes para que a ciência, tecnologia e inovação contribuam para o desenvolvimento do país. O desafio da inovação ganhou novo patamar. Inovação não é opção, é imperativo. O futuro do país depende desse esforço criativo”, ressaltou.

Com informações da Agência Brasil, Carta Maior e Blog do Planalto


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