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30 de janeiro de 2012
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18:07

Megaupload deverá apagar arquivos a partir de quinta-feira

Por
Sul 21
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Empresas contratadas pelo Megaupload para armazenamento, têm permissão para começar a apagar os dados a partir desta quinta-feira (02) | foto: Reprodução

Da Redação

Os arquivos hospedados no site de compartilhamento de arquivos Megaupload, fechado em uma operação do FBI sob acusação de pirataria, podem começar a ser apagados na quinta-feira. Uma carta arquivada na sexta-feira pela Procuradoria dos Estados Unidos afirma que as empresas Carpathia Hosting Inc. e Cogent Communications Group, contratadas pelo Megaupload para armazenamento, têm permissão para começar a apagar os dados nesta semana.

A carta diz que o governo copiou alguns dados dos servidores, mas não os tomou fisicamente. Segundo o documento, agora que os mandados de busca foram executados, os arquivos não poderão ser acessados. O Megaupload afirma que milhões de usuários têm dados pessoais armazenados no serviço, como fotos de família e documentos. O advogado da companhia afirma que a empresa está trabalhando com os promotores para manter os dados. Além disso, o Megaupload espera manter as informações para que possa se defender das acusações na Justiça.

O Megaupload contrata servidores externos para armazenar seus próprios dados, mas paga uma taxa para isso. Mas o avogado da companhia, Ira Rothken, afirma que o governo congelou as contas da empresa, e por isso o Megaupload não está conseguindo pagar pelos datacenters.

As autoridades dos Estados Unidos tiraram o Megaupload e outros 18 sites afiliados do ar na noite do dia 19 de janeiro (horário de Brasília) por considerar que o site faz parte de "uma organização delitiva responsável por uma enorme rede de pirataria virtual mundial".

As autoridades dos Estados Unidos tiraram o Megaupload e outros 18 sites afiliados do ar em 19 de janeiro por considerar que o site faz parte de “uma organização delitiva responsável por uma enorme rede de pirataria virtual mundial”. O Megaupload teria causado mais de US$ 500 milhões em perdas ao transgredir os direitos de propriedade intelectual de companhias. As autoridades estadunidenses consideram que por meio do site, que conta com 150 milhões de usuários registrados, e de outras páginas associadas, ingressaram cerca de US$ 175 milhões.

Em resposta ao fechamento do Megaupload, o grupo de hackers Anonymous bloqueou temporariamente o site do Departamento de Justiça, do FBI e o da produtora Universal Music, entre outros na noite de 19 de janeiro, horário de Brasília. De acordo com os hackers, foi o maior ataque já promovido pelo grupo, com mais de cinco mil pessoas ajudando.

O anúncio do fechamento do Megaupload ocorreu em meio a uma polêmica nos Estados Unidos sobre dois projetos de lei antipirataria, o Sopa (Stop Online Piracy Act), que corria na Câmara dos Representantes, e o Pipa (Protect Intelectual Property Act), que era debatido no Senado, contra as quais se manifestou, entre muitos outros, o site Wikipédia, interrompendo seu acesso no dia 18 de janeiro, e o Google mascarando seu logo. O protesto foi chamado de apagão ou blecaute pelos manifestantes.

Logo do Partido Pirata (PP)

Partido Pirata organiza processo contra o FBI pelo fechamento do Megaupload

O Partido Pirata da Catalunha, na Espanha, está organizando, em conjunto com outros PPs do mundo, um processo contra o FBI pelo fechamento do site de compartilhamentos de arquivos MegaUpload. A ideia do processo é que pessoas que tinham arquivos pessoais hospedados no site, ou seja, nada que infringisse qualquer lei de direito autoral, entrem com ação contra autoridades dos EUA.

O Partido Pirata está estudando brechas na lei que permitam uma ação coletiva contra os responsáveis pela desativação do site. “Se levarmos em conta de que muitos guardam ali arquivos particulares, inclusive para fins de backup, os piratas não devem ter dificuldades em encontrar internautas prejudicados pelo fechamento do site”, alegam os organizadores do movimento.

Em declaração na página em que convocam os internautas para se juntarem à causa, os piratas afirmam que “esta iniciativa é um ponto de partida para ajudar usuários de internet legítimos a se defenderem de abusos legais promovidos por aqueles que desejam trancar materiais culturais de forma agressiva para seu próprio ganho financeiro”.

Com informações da Agência AP, Terra e Brasil de Fato


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