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22 de janeiro de 2012
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03:13

Dilma supera avaliações de todos os seus antecessores

Por
Sul 21
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Com um governo de continuidade, Dilma Rousseff consegue superar seu antecessor ao final do primeiro ano de governo, conforme a pesquisa Datafolha publicada hoje (22). Não é surpreendente a notícia, pois Dilma já veio quebrando recordes de avaliação durante todo o ano passado. A aprovação de Dilma é, em parte, a aprovação também de Lula, de seu governo e da escolha que ele próprio de quem deveria sucedê-lo.

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A atual presidenta da República, mesmo fazendo um governo com suas características e mantendo-se totalmente descolada do seu antecessor no processo de tomada decisões, dá prosseguimento tanto às linhas básicas do governo Lula, quanto as aprofunda.  Por mais que parte da grande mídia e que a oposição tenham tentado contrapor Dilma a Lula e apresentar o atual governo como um governo diferente do de seu antecessor, as intrigas não surtiram efeito. Dilma é bem aprovada porque prossegue e amplia as políticas de distribuição de renda e de melhoria das condições de vida iniciadas no governo Lula e as melhora e não porque se livra da “herança maldita lulista”, como desejariam alguns.

Dilma Rousseff se diferencia de Lula no estilo mais recatado, pouco dado a discursos de improviso e brincadeiras que foram características de seu antecessor. Estilo diferenciado que se expressa também na gestão do governo, no trato com seus ministros e auxiliares, nas medidas de política econômica e internacional, na relação com as lideranças partidárias e parlamentares. Em nenhuma situação ou com quaisquer atitudes tomadas, entretanto, Dilma se distanciou substancialmente de Lula ou rompeu com as políticas que já vinham sendo adotadas, enveredando por outros rumos.

É este governo de continuidade que vem dando certo e que tem sido aprovado nas pesquisas de opinião. É isto que desconcerta a oposição e parte da mídia, que ficam sem argumentos. Que Dilma Rousseff não se esqueça, entretanto, que há sim correções de rumo a serem feitas, sem alterar em profundidade as políticas que já vêm sendo adotadas. A principal delas é a que diz respeito ao planejamento estratégico e às medidas de geração do desenvolvimento.

Sem a ampliação das políticas de distribuição de renda e diminuição das desigualdades sociais, sem educação de qualidade (inclusive profissional), com professores bem pagos e bem preparados, sem altíssimos e constantes investimentos em geração de conhecimento e tecnologia, sem a promoção de amplas reformas (administrativa, tributária e fiscal e política, entre outras), sem a melhoria dos serviços de saúde pública e segurança da população e sem uma amplíssima política habitacional que zere o déficit de moradias em curto prazo o país jamais entrará no rol das nações desenvolvidas e com grau elevado de justiça social.


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