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15 de dezembro de 2011
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19:02

Prefeitura admite falhas em interdição de Sambódromo e Gasômetro

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Sul 21
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Prefeitura admite falhas em interdição de Sambódromo e Gasômetro
Prefeitura admite falhas em interdição de Sambódromo e Gasômetro
Usina do Gasômetro encontra-se fechada por falta de plano de prevenção e combate a incêndio da Sala Elis Regina | Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Felipe Prestes

A Prefeitura de Porto Alegre reconhece que falhas suas ocasionaram a interdição da Usina do Gasômetro e do Complexo Cultural do Porto Seco – o sambódromo – determinada pela Justiça nesta quarta-feira (14), a pedido do Ministério Público. No caso da Usina, o MP havia solicitado em setembro o plano de prevenção e combate a incêndio da Sala Elis Regina, que está em obras para se tornar teatro. Três meses depois, a Secretaria Municipal de Cultura (SMC) ainda não havia respondido, o que motivou o MP a pedir a interdição.

Segundo a SMC, o projeto de adequação do plano de incêndio para a transformação da sala em teatro já está plenamente aprovado pelo Corpo de Bombeiros, mas alguma falha ainda não detectada pelo órgão fez com que a resposta não chegasse até o secretário Sergius Guimarães para ser assinada e enviada ao MP. Mesmo que o plano de combate a incêndio pendente fosse apenas do Teatro Elis Regina, a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Porto Alegre acabou pedindo a interdição de toda a usina. “Foi excessivo, mas diante de uma negligência nossa”, admite Marcelo Oliveira da Silva, coordenador de Comunicação Social da SMC.

Segundo Marcelo, a reabertura da usina é questão de horas ou de poucos dias. Depende apenas de a Promotoria determinar à Justiça o fim da interdição e isto ser comunicado à secretaria.

Presidente da Associação de Entidades Carnavalescas não acredita que interdição do Complexo do Porto Seco prejudique realização do Carnaval em Porto Alegre | Foto: Ramiro Furquim/Sul21

No caso do Complexo Cultural do Porto Seco, a negligência foi mais grave, não sendo uma mera questão de envio de documentos. A empresa que construiu os barracões das escolas de samba não cumpriu com um item previsto no contrato da obra: a construção de uma espécie de muro de isolamento entre os telhados dos hangares para evitar que um incêndio em um deles se alastre para os outros. Isto acabou passando despercebido pela Prefeitura e pelo Corpo de Bombeiros.

A construtora já está completando a parte que não havia feito da obra e deve concluí-la até o final do mês de dezembro. A SMC prevê que este período de obras não trará grandes transtornos para o desfile de escolas de samba de Porto Alegre, porque a confecção das alegorias começa a ganhar corpo no mês de janeiro.

“Acho que não vai ter maiores problemas. A Prefeitura trabalha para resolver isto o mais rápido possível”, concorda Antonio Ademir de Moraes, o Urso, presidente da Associação das Entidades Carnavalescas de Porto Alegre e do RS (AECPARS). Ao contrário da SMC, ele ressalta que muitos carros já estão sendo feitos há meses, mas diz que o período de Natal e Ano Novo costuma ser de ritmo menor de trabalho, por isto a interdição também não deve atrasar tanto o cronograma das escolas.

Urso diz que a maior preocupação agora é com os trabalhadores das escolas, porque grande parte recebe diárias e, portanto, está deixando de receber. “Estamos tentando achar uma maneira de contemplá-los”, diz.


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