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16 de novembro de 2011
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13:03

Supremo Tribunal Federal vota liberação de atos a favor de drogas

Por
Sul 21
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Gervásio Baptista / SCO / STF
Foto: Gervásio Baptista / SCO / STF

Da Redação

A liberação de passeatas e manifestações públicas em prol da legalização de qualquer tipo de droga está na pauta de votação do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (16). A tendência da Corte é conceder o pedido já que em junho, o Supremo declarou que não se pode proibir a realização da Marcha da Maconha. Na ocasião, a decisão foi tomada por unanimidade, com o voto dos oito ministros presentes.

A ação foi proposta pela Procuradoria Geral da República (PGR). Ela pede que seja excluída da Lei dos Tóxicos, de 2009, a possibilidade de criminalizar a defesa pública de legalização das drogas. No entendimento da procuradoria, essa lei fere os direitos fundamentais.

Antes da decisão do STF, a Justiça proibiu a realização da Marcha da Maconha em pelo menos nove capitais. O argumento era o de que, como o comércio e o uso da droga são ilícitos penais, defender publicamente a legalização seria uma forma de apologia ao uso. Na ação, a procuradoria sustenta que essa interpretação é uma afronta à liberdade de expressão, garantida pela Constituição Federal.

Foto da Marcha da Maconha no Rio de Janeiro (2011)

A Advocacia Geral da União (AGU) enviou parecer ao Supremo recomendando que não seja liberada qualquer manifestação a favor da liberação das drogas. Para o órgão, seria preciso analisar caso a caso para concluir se é ou não crime. No julgamento de junho, os ministros do STF deixaram claro que a chamada Marcha da Maconha e eventos similares são uma forma de liberdade de expressão, e não incentivo ao crime.

Os ministros ressaltaram que, durante os protestos, não será permitido o consumo de drogas ilícitas ou o estímulo ao uso. Eles ressaltaram que não estavam descriminalizando o uso de drogas, mas declarando o direito à livre manifestação de opiniões sobre o assunto.

Com informações de O Globo


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