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28 de outubro de 2011
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20:16

Pequena caminhada afetiva pela Feira do Livro 2011

Por
Sul 21
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Milton Ribeiro

A 57ª Feira do Livro de Porto Alegre iniciou nesta sexta-feira, dia 28, na Praça da Alfândega e vai até o dia 15 de novembro. O horário de funcionamento da Área Geral e Internacional é, todos os dias, das 12h30min às 21h. A Área Infantil e Juvenil estará aberta também diariamente das 9h30min às 20h. Vamos propor um passeio fotográfico aos leitores do Sul21. Partiremos do limite leste da feira, na Rua da Praia. Nosso destino é a margem do rio, lago ou estuário Guaíba, onde está a Área Infantil da Feira.

Mapa da Feira do Livro (clique aqui para mapa completo em “.pdf”)

Daqui podemos ver duas fileiras de barracas, à direita e à esquerda.

Na Rua da Praia | Ramiro Furquim/Sul21

Cabe explicar que a Feira do Livro não apresenta apenas os últimos lançamentos das editoras. Ela é dos locais mais adequados ao esporte da paleontologia literária. Os tradicionais balaios têm muitos “encalhes” baratos. Engana-se quem pensa que encalhes sejam necessariamente inutilidades. Às vezes uma má distribuição, outras vezes um capista infeliz tornam obscuro um bom livro. Há as porcarias, claro, mas há boas obras que não venderam por seus preços normais e que agora pululam dos balaios à procura de um dono compreensivo. É só fazer a identificação delas. O leitor gasta um tempo procurando mas ganha horas de leitura depois. Sim, podemos garantir que os balaios sempre estiveram cheios de clássicos e de raridades esquecidas ao lado de livros que efetivamente merecem o degredo.

Procurando nos balaios | Ramiro Furquim/Sul21
Procurando nos balaios | Ramiro Furquim/Sul21

Caminhemos em linha reta pelo centro da Feira em direção ao Guaíba. Barracas e mais barracas de livros. Mas antes encontramos pelo caminho Mario Quintana e Carlos Drummond de Andrade prosando na praça ao lado de um casal de namorados.

Drummond, Quintana e populares | Ramiro Furquim/Sul21

A previsão para este ano é que um milhão e novecentas mil pessoas circulem por aqui. Chegamos à altura da Av. Sete de Setembro. Mais filas com barracas à direita e ainda mais à esquerda. Neste local onde nos encontramos há o maior vão livre do evento. Aqui é uma região onde os visitantes vão inevitavelmente passar, então é o local que mais adequado para encontros. É improvável que um porto-alegrense que não seja exatamente um ermitão permaneça aqui por mais de dez minutos sem encontrar um conhecido. E, depois do encontro, é só seguir reto até a Praça de Alimentação a fim de animar o papo com cerveja. Mas não nos adiantemos.

Aqui é também um local de tietagem, pois estamos na frente da Praça de Autógrafos. O local destinado aos autores para darem seus autógrafos é bem maior que o do ano passado. Nos 19 dias da Feira do Livro, serão cerca de 800 sessões de autógrafos, o que justifica o tamanho do local.

A Praça de Autógrafos com um conhecido ali na frente | Por Ramiro Furquim/Sul21

Mas sigamos mais um pouco em direção ao rio. Aqui, chegamos a uma nova esquina. Ela é tão atraente que vamos nos afastar um pouco de nosso caminho. À direita, logo após passarmos pela frende do Memorial do Rio Grande do Sul, temos o Território Pasárgada, local onde ocorrerá muitas palestras, debates e encontros com escritores na Feira do Livro. O Território Pasárgada funciona como um Centro Cultural e não é o único local destinado a isso, pois o entorno da Feira também receberá palestras. O Santander Cultural e o Centro Cultural CEEE Erico Verissimo também abrigarão várias programações da Feira. Afinal, haverá aproximadamente 200 palestras e debates, 400 encontros com autores, 100 apresentações artísticas e diversas exibições de filmes.

Torre do Memorial do RS | Por Ramiro Furquim/Sul21

Dentre os autores que virão assinar e proferir palestras na Feira estão o brasileiro José Castello, recente vencedor do Jabuti de melhor romance, o paquistanês Tariq Ali, a portuguesa Lídia Jorge, o angolano Ondjaki, o argentino Eduardo Sacheri e outros 400 que não citaremos, mas que vamos informar diariamente.

Voltemos ao centro da Feira. À esquerda, temos o Bistrô do MARGS, mais chique e caro que a Praça de Alimentação. O MARGS é o Museu de Arte do Rio Grande do Sul, que também pode ser visitado durante a Feira. Lá está uma parte bastante interessante da 8ª Bienal do Mercosul.

Voltando novamente ao centro, atravessamos a rua Siqueira Campos. Aqui damos de cara com a Area Internacional da Feira. É uma das regiões mais inexploradas da Feira do Livro, mas é importante dizer que ela abriga sempre inacreditáveis pechinchas de livros novos. Confiram.

A seguir, chegamos finalmente à Praça de Alimentação, que, na verdade, é um lugar que alguns frequentam sem nem olhar o resto.

Praça de Alimentação | Ramiro Furquim/Sul21

Atravessando a Av. Mauá, entramos na área mais bonita de todas, a Infantil. Aqui, estamos às margens do Guaíba.

O portal da Área Infantil da Feira | Ramiro Furquim/Sul21

Calma, há proteções para que as crianças não sejam levadas pelas águas. À direita e à esquerda, mais barracas, mas há mais, há uma “Bebeoteca” – biblioteca para crianças – , e várias Arenas de Histórias, onde são contadas histórias infantis. Também há uma sala de facilidades para portadores de deficiências e uma Sala de Aula do Futuro onde os educadores poderão conhecer o conteúdos e equipamentos digitais para salas de aula.

Cheia de livros, à espera das crianças | Ramiro Furquim/Sul21

É claro que nosso passeio foi apenas um rápida passada. Porém, como diz o slogan da edição de 2011, “Cada um vem por um motivo. Descubra o seu. Descubra a sua Feira”.

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Abaixo, apresentamos uma galeria de fotos da autoria de Bruno Alencastro, ex-fotógrafo da casa. Os trabalhos, belíssimos, foram obtidos em Feiras anteriores. Clique nas fotos para ampliar.


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