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23 de outubro de 2011
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16:01

Patrimônio: mais dois prédios do Centro Histórico serão restaurados

Por
Sul 21
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Museu Júlio de Castilhos: prédio foi construído em 1887 l Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Núbia Silveira (texto) e Flavia Boni Licht (consultoria)

A primeira construção de concreto armado do Rio Grande do Sul e o mais antigo museu gaúcho devem passar, em breve, por um novo restauro. Paulo Wayne, diretor da Casa de Cultura Mario Quintana, instalada no prédio do antigo Hotel Majestic, o primeiro edifício a ser construído em concreto armado no Estado, afirma que já está no Conselho Estadual de Cultura o projeto que propõe a restauração da fachada da Casa, por meio de incentivos fiscais. Eduardo Hahn, diretor do IPHAE, revela que os R$ 300 mil, disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Museus – Ibram, estão sendo investidos no estudo que embasará a licitação do projeto de restauro do Museu Júlio de Castilhos e de seu anexo. O Museu funciona na casa em que viveu Júlio de Castilhos, integrante do Partido Republicano Rio-grandense e ex-presidente do RS, em três períodos: de 15 de julho a 12 de novembro de 1891, dia 17 de junho de 1892 e de 25 de janeiro de 1893 a 25 de janeiro de 1898.

Museu recebeu o nome do ex-presidente Júlio de Castilhos em 1907 l Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Os dois prédios, bem como a Ponte de Pedra, preservada no Largo dos Açorianos, integram a lista de bens tombados no Centro Histórico de Porto Alegre. Em 1937, o acervo do Museu Júlio de Castilhos foi declarado patrimônio nacional, pelo IPHAN e o prédio tombado, em 1982, pelo IPHAE. A Casa de Cultura, que leva o nome do poeta alegretense Mario Quintana, foi tombada pelo Estado em 1982, e a Ponte de Pedra, em 1979, pelo município.

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Os canhões utilizados na Guerra dos Farrapos foram recuperados em 1926 l Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Gabinete de curiosidades

Joel Santana da Gama, diretor do Museu Júlio de Castilhos, detalhado em fotos, na semana passada, diz que até o início da década de 1950 o museu reunia acervos de variadas tipologias, sendo mais um “gabinete de curiosidades”. Com a evolução da museologia houve uma divisão dos acervos, distribuídos entre três novas instituições: Museu de Arte do Rio Grande do Sul, Fundação Zoobotânica e Arquivo Histórico do Estado. O Museu Júlio de Castilhos, criado em 1903, passou a reunir itens relativos à história e à política do Sul do País.

Prédio de linguagem eclética foi projetado por Catão Augusto dos Santos Roxo l Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Eduardo Hahn conta que o prédio foi construído em 1887 em linguagem eclética, com projeto de seu primeiro morador, o engenheiro Catão Augusto dos Santos Roxo, herói da Guerra do Paraguai. Em 1897, o PRR decidiu adquirir a casa para seu líder, que viveu ali de 1898 a 1903, quando faleceu. Segundo o diretor do IPHAE, a edificação é importante não apenas por ter sido residência do líder republicano e ex-presidente do Estado, mas, também, como instituição, já que é o museu mais antigo do Rio Grande do Sul.

O acervo começou a ser montado em 1901, quando se realizou, em Porto Alegre, a Exposição Agropecuária e Industrial do Rio Grande do Sul. Durante dois anos, foram sendo coletados itens representativos das intendências municipais, sendo o material guardado num dos pavilhões da Exposição. Em 1903, após o falecimento de Júlio de Castilhos, o governo de Antônio Augusto Borges de Medeiros adquiriu a casa, transformando-a em Museu do Estado. Só em 1907, quatro anos após a morte de Júlio, a instituição recebeu seu nome.

Museu conta com duas reservas técnicas l Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Atualmente, a instituição conta com mais de 11 mil itens, dos quais 100 estão em exposição, sendo que o restante se divide entre duas reservas técnicas. Uma delas reúne fotos, documentos e vestuário e, de acordo com o diretor da casa, está em bom estado de conservação. Na outra, está o mobiliário. Esta precisa de restauro. Joel lamenta a dificuldade em captar recursos para as obras que o Museu necessita. “Elas não dão visibilidade”, explica.

Botas do gigante, um chamativo

Botas do Gigante atraem avós e netos l Foto: Divulgação

Muitas das 35 mil visitas – 52% espontâneas e 48% de escolares – que o Museu recebe, em média, anualmente, tem uma explicação: admirar as botas do gigante. “Muitos avôs vêm para mostrar as botas aos netinhos”, diz Joel. “A comunidade se apropriou deste item e, agora, a Academia também começa a estudá-lo”. As botas, em exposição há 50 anos, pertenceram a Francisco Ângelo Guerreiro, nascido em 1900, que, conta a lenda, chegou a medir 2m45. No Museu, a altura oficial é de 2m17. Guerreiro trabalhou num dos circos de horrores, sendo apresentado ao lado de um anão, ressaltando assim a sua altura. Joel diz que o Museu procura desmitificar o gigante, explicando que Guerreiro sofria de uma doença, o gigantismo.

Em média, 35 mil pessoas visitam o Júlio de Castilhos anualmente l Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Além das botas, chamam a atenção do visitante – e são peças importantes – a imagem de São Francisco Xavier, vinda das Missões, conhecida como santo do pau-oco, e o lenço farroupilha que deu origem à bandeira do Rio Grande do Sul. Também são muito apreciados os canhões usados por Giuseppe Garibaldi, na Revolução Farroupilha. Em 1839, a esquadra do italiano se dividiu. Ele seguiu para Laguna, em Santa Catarina, e Zeferino Dutra ficou na barra do Arroio Santa Isabel, em Camaquã. Zeferino comandava os lanchões Rio Pardo, Independência e Setembrina e para dar-lhes mais agilidade decidiu jogar os canhões na água. Não adiantou muito. Zeferino perdeu a batalha para a esquadra imperial, comandada por John Pascoe Grenfell. Os canhões só foram recuperados em 1926.

Máscara mortuária de Júlio de Castihos serviu de modelo para estátua em homenagem ao ex-presidente l Foto: Feevale

Quem visita o Museu pode ainda admirar a carruagem usada pelo ex-presidente do Estado Carlos Barbosa Gonçalves (25 de janeiro de 1908 a 25 de janeiro de 1913) e a máscara mortuária de Júlio de Castilhos. Feita logo após o falecimento do presidente, a máscara foi utilizada na criação da estátua construída em sua homenagem, na Praça da Matriz.

Pinturas murais serão recuperadas

O projeto de restauro, espera Eduardo Hahn, estará concluído no final do primeiro semestre de 2012. “A ideia – afirma o diretor do IPHAE – é recuperar elementos significativos como pinturas murais”. A casa amarela, localizada ao lado do Museu, hoje sede de exposições e encontros, deverá ser destinada à reserva técnica, depois da restauração.

Projeto de restauro do Museu deverá estar concluído no primeiro semestre de 2012 l Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Apesar de dizer que o interior do prédio está bastante conservado, Hahn alerta para três grandes problemas: a rede elétrica, o piso, tomado por cupins, e os sanitários. Ele lembra que o restauro da fachada do Museu, com intervenções pontuais, foi concluído há um mês. Os recursos foram obtidos pela Associação dos Amigos do Museu com a CEEE.

Ponte ligava o centro de Porto Alegre às chácaras, situadas na outra margem do Arroio Dilúvio l Foto: Museu de Porto Alegre

Ponte ligava o Centro às chácaras

No início do século XIX foi construída uma ponte de madeira sobre o Arroio Dilúvio, ligando o centro de Porto Alegre às chácaras instaladas na outra margem. A madeira, porém, não resistiu aos estragos causados pelas enchentes, sendo a ponte fechada ao trânsito em 1848. Sobreviveu 23 anos. Em 1846, um ano após o fim da Guerra dos Farrapos, o presidente da província Luís Alves de Lima e Silva, Conde de Caxias (9 de novembro de 1842 a 11 de março de 1846), mandou construir uma ponte mais resistente e durável. Em 1848, foi entregue à população a ponte edificada em alvenaria de pedra, um pouco mais acima da de madeira.

A ponte construída em pedra substituiu a de madeira, que não resistiu às enchentes l Foto: Museu de Porto Alegre

No relatório de 1º de março de 1846, 10 dias antes de deixar o governo, o Conde de Caxias relata: “Depois de ter mandado consertar por várias vezes a ponte de madeira do Riacho, nesta cidade, tive por mais vantajoso, atendendo ao seu estado de ruína, de fazer construir nova ponte de pedra na embocadura da rua da Figueira, como lugar mais favorável ao trânsito público; feita a planta e o orçamento, pôs-se a obra em arrematação e já nela se trabalha”.

O Conde de Caxias, quando presidia a província, mandou construir uma ponte mais resistente e durável l Foto: Museu de Porto Alegre

A Ponte de Pedra, com três pilares em arco, tornou-se ociosa um século depois, quando o Arroio Dilúvio foi canalizado. Apesar da retificação do Arroio, iniciada em 1937, a ponte foi mantida no Largo dos Açorianos, como parte da história de Porto Alegre. Sob ela foi construído um espelho d’água, lembrando o riacho que corria naquele local. O problema é que o nível da água ficou muito alto e hoje a aparência da Ponte de Pedra é de quando ela enfrentava uma enchente.

Em 1937, o curso do Arroio Dilúvio foi retificado, tornando a ponte desnecessária l Foto: Museu de Porto Alegre

Coordenador do Projeto Viva o Centro, o arquiteto e professor da UFRGS Glênio Bohrer diz que, no momento, não há qualquer ação prevista para a Ponte de Pedra. Ele considera que a construção “se mantém fiel à original, com pedras irregulares, sólida”. Bohrer ressalta que a ponte é uma obra de engenharia do Exército, feita com pedras, que se sustentam por compressão.

Os pilares em forma de arco embelezam a construção do Exército l Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Um espelho d'água foi mantido sob a ponte l Foto: Ramiro Furquim/Sul21

A água cobre os pilares e a imagem atual é da época das enchentes l Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Um projeto ousado

A Casa de Cultura Mário Quintana | Foto: Ramiro Furquim/Sul21

O arquiteto alemão Theodor Alexander Josef Wiederspahn projetou o prédio que viria sediar o Hotel Majestic, construído pela empresa do engenheiro Rudolf Ahrons para o empresário Horácio de Carvalho, que trabalhava com importação e exportação. Carvalho solicitou licença para construir o prédio em 1913. As obras iniciaram em 1916. A primeira parte do edifício, voltada para oeste, foi concluída em 1918, contando com cinco andares e 150 quartos. No térreo, instalou-se a Companhia Sulford de Veículos. Oito anos depois começava a construção da parte leste, que ficou pronta em 1933, com dois andares a mais do que a oeste.

Antigo Hotel Majestic, em 1930 l Foto: prati.com.br

A ousadia de Wiederspahn, neste projeto, foi a de propor a construção de passarelas suspensas sobre a Travessa Araújo Ribeiro, ligando as duas partes do edifício. Algo inédito. A arquiteta Sílvia Lopes Carneiro Leão, em seu estudo “Os Antigos Hotéis de Porto Alegre”, conta que “a execução da obra é embargada pelo então Presidente do Estado, Borges de Medeiros, que alegava o alto risco estrutural apresentado pelas passarelas”, o que levou o Hotel a ser construído em duas etapas. Ainda é Sílvia quem conta: “Em 1927, finalmente, por influência do Intendente Municipal Dr. Otávio Rocha, Borges de Medeiros concede licença para a continuação das obras do hotel. Dois anos depois o Majestic estava concluído, com seus 300 quartos, alguns apartamentos especiais para famílias e salão de refeições para 600 pessoas”.

As passarelas suspensas sobre a Travessa Araújo Ribeiro, ousadia de Wiederspahn | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
A parte oeste, a primeira a ser construída, contava com 150 quartos l Foto: reprodução

Na realidade, o Hotel começou a funcionar em 1923, quando os irmãos Masgrau, imigrantes espanhóis, alugaram o edifício. Com uma face voltada para a Rua da Praia e outra para a Rua Sete de Setembro, o Majestic competia com o Grande Hotel, também localizado na Rua da Praia. Os dois recebiam grandes nomes das artes e da política. Pelo Majestic passaram os ex-presidentes Getúlio Vargas e João Goulart e os cantores Francisco Alves e Vicente Celestino, entre outros nomes famosos.

Primeiro grande edifício a utilizar o concreto armado, o Hotel atingiu seu apogeu entre os anos 1930 e 1940. Depois, foi decaindo. Mas, mesmo nessa fase menos charmosa, contou com um hóspede ilustre: o poeta Mario Quintana que ali viveu de 1968 a 1982, ocupando o apartamento 217.

Nomes famosos da política e da cultura se hospedaram no hotel que se tornaria um centro de cultura l Foto: prati.com.br

O prédio do Majestic, diz a arquiteta Sílvia Leão, se destaca por suas “passarelas suspensas, sacadas internas, grandes cúpulas superiores, e pela imponência eclética, com adornos altamente decorativos”. Apesar de toda a sua beleza e da importância que teve, o Hotel começou a decair. Nos anos 1950, a clientela passa a ser outra. Ali se hospedam caixeiros viajantes. Na década seguinte, segundo Sílvia, “passa a funcionar como uma espécie de pensão mensalista, lar de antigos clientes, pequenos funcionários, aposentados, idosos”. O Majestic não tem mais como enfrentar a concorrência dos modernos hotéis.

Banrisul compra o hotel

A CCMQ cerca 12 mil metros quadrados | Foto: Ramiro Furquim/Sul21

A transformação do Majestic em centro cultural tem início em 1980, quando o Banrisul adquire o prédio e o repassa ao governo do Estado, garantindo 12 mil metros quadrados para a área cultural. O arquiteto Flávio Kiefer que, juntamente com o arquiteto Joel Gorski, projetou o restauro do prédio, afirma que “ele estava no fim”. A parte oeste estava fechada e o que havia de valor foi leiloado. “Não tinha rede de luz, nem de água”, lembra Flávio. Ele elaborou o projeto na condição de funcionário do Estado.

– O que foi feito no Majestic foi restauro ou reconstrução?
– Chamamos de reciclagem, diz o arquiteto. Não estávamos recuperando o hotel. O prédio seria para algo muito diferente. Seria uma Casa de Cultura, que não pode ter 300 pequenos compartimentos. Era preciso demolir.

As paredes internas foram demolidas. Ficou um andar de referência histórica, mostrando como eram os quartos oferecidos pelo hotel. O valor arquitetônico do prédio, segundo Kiefer, é externo, com um estilo historicista, uma linguagem eclética, apresentando uma série de elementos clássicos.

Ramiro Furquim/Sul21

No texto “Casa de Cultura Mário Quintana: a utopia sobrevive”, o arquiteto afirma que “apesar de seu estilo francamente século XIX”, o prédio “escondida uma estrutura e plantas modernas”. Não tinha, por exemplo, pilares internos, o que, segundo Kiefer, “veio a ser muito importante para a reforma e mudança de utilização que empreendemos”. Ele acredita que a genialidade do projeto de Wiederspahn está realmente na “apropriação do espaço aéreo”. Com isso, o arquiteto alemão, que também projetou, entre outros, os prédios que, atualmente, sediam o Museu de Arte do Rio Grande do Sul e o Memorial do Rio Grande do Sul, conseguiu que fosse construído um prédio de quase 30m de frente, em dois terrenos com 10m de frente cada um, separados por uma rua de 9m.

No mesmo texto, Kiefer afirma que o projeto de reciclagem foi uma obra coletiva, que chegou ao seu desenho final, após a realização, em Porto Alegre, do 1º Encontro das Casas de Cultura do Cone Sul. Diz ele: “Ficou sacramentado que aquele prédio abrigaria, depois de pronto, três teatros, dois cinemas, um pequeno centro de convenções culturais, uma biblioteca e sala de leitura (hemeroteca), oficinas de artes visuais, cênicas e de literatura, discoteca pública, estúdio de gravação, biblioteca infantil, ludoteca, artes infantis, galeria de arte, restaurante, cafés, livraria, acervo Mário Quintana, memorial Majestic e toda uma série de equipamentos que permitiriam a comunicação com outros centros, bibliotecas e assim por diante”.

Uma das cúpulas da CCMQ, onde funciona um bar restaurante | Foto: Ramiro Furquim/Sul21

As obras ocorreram entre os anos de 1987 e 1990, quando, em 25 de setembro, a Casa foi aberta ao público. Os custos da execução, recorda o arquiteto, foram bancados em mais de 90% pelo governo e o restante pela iniciativa privada. “Garantimos a implantação de um centro cultural de concepção moderna, inspirado no livre acesso e liberdade que esses espaços passaram a ter após a construção do Centro Georges Pompidou, em Paris”, afirma. Ali podem ser admirados os acervos Elis Regina e Mario Quintana. Do poeta, foram mantidos os móveis do quarto que ocupava, mostrando como ele vivia e escrevia naquele espaço.

Sobre o valor gasto na restauração, Kiefer repete ainda hoje a resposta que deu na entrevista coletiva de inauguração da Casa, fazendo uma comparação com a Estrada do Mar, que também estava sendo construída naquela época: “O restauro da Casa custou dois quilômetros da Estrada do Mar”.

Casa ganhará acessibilidade

Kiefer considera o restauro da Casa de Cultura Mário Quintana uma obra pioneira. Buscaram para o prédio uma nova identidade, inclusive na cor, que originalmente era creme. “O rosa era uma cor que fazia parte do universo em que estava o prédio”, diz. Na mesma cor são o Quartel General do Comando Militar do Sul, antigo III Exército, e o Clube do Comércio.

Mais de seis mil pessoas passam pelo casa ao mês | Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Paulo Wayne, diretor da Casa de Cultura Mario Quintana, informa que o projeto à espera de aprovação pela LIC prevê restauro das fachadas e aberturas, recuperação do telhado, instalação de nova sinalização interna e adequação às exigências de acessibilidade. Além da execução de rampas, também está prevista a tradução em Libras e a áudio-descrição de filmes e vídeos. A fachada deverá estar restaurada até o final de 2012, início de 2013, se o Conselho Estadual de Cultura aprovar o projeto até o fim deste ano. O custo do restauro está previsto em R$2,6 milhões e, diz Wayne, a Casa já conta com um mecenas, cujo nome não quis revelar.

Circulam pela CCMQ, em média, seis mil pessoas por mês. Neste número, alerta o diretor, não estão incluídos grupos de escolares que visitam o local.

Endereços:

— Museu Júlio de Castilhos – Rua Duque de Caxias, 1205 – Centro Histórico – Porto Alegre
Fone: 51.3221-3959
Funcionamento: terças a sábados, das 10h às 18h. Na segunda-feira, os funcionários do Museu orientam pesquisadores. As visitas guiadas devem ser agendadas

— Ponte de Pedra – Largo dos Açorianos, na esquina das Avenidas Borges de Medeiros e Loureiro da Silva – Centro Histórico – Porto Alegre

— Casa de Cultura Mario Quintana – Rua dos Andradas, 736 – Centro Histórico – Porto Alegre
Fone: 51.3225-9587 e 3211.5608
Funcionamento: segundas-feiras: 14h às 21h, de terças a sextas-feiras: 9h às 21h, de sábados e domingos: 12h às 21h

De onde são?

Olhe com atenção as fotos abaixo e escreva ao Sul21, dizendo de que prédio histórico elas são.

Ramiro Furquim/Sul21

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Ramiro Furquim/Sul21

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