Para Juca Kfouri, Orlando Silva deve deixar Ministério do Esporte

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Sul 21
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"Orlando Silva foi enfático, mas não convincente", afirma jornalista | Foto: Camila Kfouri/Facebook

Daniel Cassol

O jornalista Juca Kfouri atendeu o Sul21 minutos depois do encerramento da coletiva do ministro do Esporte, Orlando Silva, nesta segunda-feira (17). Na entrevista, o ministro negou as irregularidades apontadas em reportagens da revista Veja e do programa Fantástico, da rede Globo, e qualificou como “bandidos” os denunciantes. “Ele foi enfático, mas não convincente”, avalia Kfouri.

Crítico da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do modo como o Brasil vem se preparando para sediar a Copa do Mundo de 2014, Juca Kfouri acredita que a Fifa e CBF podem se aproveitar da crise no Ministério do Esporte para enfraquecer o governo brasileiro nas negociações relativas à organização do Mundial e vê interesses de partidos políticos nas denúncias contra Orlando Silva. Mas defende a demissão do ministro, que teria feito um “aparelhamento do ministério” em nome de seu partido, o PCdoB.

Na entrevista, Juca Kfouri defende que o Brasil torne secundária a preocupação com a construção de estádios, fala do momento do futebol brasileiro e também comenta a atuação de Mano Menezes à frente da seleção.

Sul21 – O que você achou das explicações do ministro Orlando Silva?

Juca Kfouri – Ele foi enfático, mas não convincente. Não há razão para acreditar nas coisas que diz o ministro não só pelo seu passado de comprador de tapioca com cartão corporativo ou pagador do Copacabana Palace para a babá, filho e mulher com o mesmo cartão… Mas pela conhecida instrumentalização desse programa Segundo Tempo, com ONGS ligadas ao PCdoB, e pelo aparelhamento do ministério só com gente do PCdoB. Parece até que o PCdoB formou gestores na área esportiva, não fez outra coisa na vida, e aproveitou para mostrar sua excelência. O fato é que a própria maneira como são feitos os convênios revela a postura pouco republicana. Esse programa tem a óbvia característica de o ministério arquitetá-lo e implantá-lo em parceria com os governos estaduais, que delegam às prefeituras para que haja fiscalização. Do jeito que é feita a coisa, é óbvio que não tem controle. O que se denunciou pelo Fantástico sobre a ONG da Karina [segundo a reportagem, uma entidade da ex-jogadora de basquete Karina Rodrigues, vereadora do PCdoB no interior de São Paulo, é suspeita de desviar recursos do Ministério do Esporte], o Estadão, a Folha, o Globo já tinham denunciado. E é evidente que isso tudo é voltado para fundos de campanha. Não é uma maneira republicana de tratar com o dinheiro público.

Orlando Silva Valter CampanatoABr
"É possível que existam segundas intenções. Neste mundo minado da política brasileira, com o PMDB querendo o ministério que se tornou gestor de uma dinheirama, é possível. Agora, na mão deste gato, me parece evidente, as coisas não podem continuar" | Foto: Valter CampanatoABr

Sul21 – Mas não há interesse político por trás dessas denúncias?

Juca Kfouri – É possível que existam segundas intenções. Neste mundo minado da política brasileira, com o PMDB querendo o ministério que se tornou gestor de uma dinheirama, é possível. À parte as denúncias escandalosas — algumas delas redundaram em queda de ministros — , há um caldo de cultura. O fato de alguém estar interessado no ministério revela, se for verdade, que o cuidado tem que ser redobrado, para não tirar de um gato e colocar na mão do outro. Isso me preocupa sempre. Agora, na mão deste gato, me parece evidente, as coisas não podem continuar. Entre outras coisas, que resistências o ministro oferece à Fifa, à CBF e ao Comitê Olímpico Internacional? Nenhuma.

Sul21 – O ministro não chega a fazer oposição aos desmandos da Fifa?

Juca Kfouri – O tempo todo ele compôs com essa gente. Qual é minha decepção com o PCdoB? Eu acreditava que teríamos um outro tipo de gestão, mais preocupada com a democratização do acesso ao esporte, e não em reproduzir esse modelo danoso aos interesses nacionais. No Brasil, falta uma política esportiva desde sempre, e o país tem que pensar o esporte como fator de saúde pública, antes de mais nada, antes de pensar em ganhar medalha. O PCdoB não colaborou em nada para isso.

Sul21 – Você diz que a presidenta Dilma Rousseff não queria Orlando Silva no ministério e poderia ser uma oportunidade para demiti-lo.

Juca Kfouri – Isso é sabido. Pode ser uma oportunidade. Ela queria a ex-prefeita de Olinda [Luciana Santos], do PCdoB. Mas o partido bateu o pé em torno do Orlando.

Ricardo Texeira, Pelé, Dilma, Joseph Blatter e João Havelange | Foto: Roberto Stuckert Filho/Presidência da Republica
"É possível que a Fifa queira se aproveitar disso para cravar mais seus interesses" | Foto: Roberto Stuckert Filho/Presidência da Republica

Sul21 – Tem se falado sobre as divergências entre Dilma e a Fifa. O Estado de São Paulo publicou neste final de semana que a Fifa sequer convidou o governo brasileiro para a reunião na Suíça. Em que medida essas denúncias no Ministério do Esporte interferem nessa relação?

Juca Kfouri – Eu ainda não sei avaliar. Acho que é possível que a Fifa queira se aproveitar disso para cravar mais seus interesses. Entre o que o governo brasileiro quer e a CBF quer, até que provem o contrário, o Blatter [Joseph Blatter, presidente da Fifa] ficará muito mais com o Ricardo Teixeira do que com a Dilma. Porque a Dilma não vota nele. E os interesses no futebol são muito claros, são interesses de quem tem absoluta convicção de que é mais poderoso que a ONU. A primeira manifestação foi na última reunião em Bruxelas. Vai a presidenta do Brasil para uma reunião e o Blatter não vai, vai o secretário-geral? Por mais que se diga que era o Jérôme Valcke, o cara que cuida…

Sul21 – Não é no mesmo nível da presidência.

Juca Kfouri – É da liturgia. Se eu fosse a Dilma, ao me dar conta disso, não me reuniria. Mandaria um ministro. “Só me reúno com o Valcke se o Blatter estiver junto.” Mas ela fez de conta de que isso não era importante, não quis colocar mais lenha na fogueira. Mas não tenho dúvidas. O interlocutor da Fifa é a CBF. Assim como o interlocutor do Comitê Olímpico Internacional é o Comitê Olímpico Brasileiro. É o Arthur Nuzman. É ele quem faz a Olimpiada no Brasil.

"Não tem como tirar a razão da Fifa. Nós combinamos isso, há três anos. Agora estamos dizendo que não é bem assim? Quando se aceita o caderno de encargos da Fifa, você está aceitando tudo isso" | Foto: Silvio Tanaka/Flickr

Sul21 – No entanto, o governo brasileiro discute neste momento com a Fifa a Lei Geral da Copa do Mundo.

Juca Kfouri – E não tenha dúvida de que o Brasil terá que engolir tudo que a Fifa quiser. Eventualmente, algumas pequenas coisas menos importantes não engolirá, assim como a Alemanha não engoliu pequenas coisas. Mas são coisas cosméticas. A Alemanha não engoliu botar abaixo – como se botou o Maracanã – o estádio Olímpico de Berlim. Dortmund conseguiu fazer com que a sua cerveja também fosse vendida no estádio, e não apenas a cerveja da Fifa. Mas são coisas assim. Embora eu adorasse ver esse circo pegando fogo — não vou negar, que gostaria que o Brasil desse uma demonstração de soberania e dissesse que fará a Copa do nosso jeito — tem um dado importante:  não tem como tirar a razão da Fifa. Nós combinamos isso há três anos. Agora estamos dizendo que não é bem assim? Quando se aceita o caderno de encargos da Fifa, você está aceitando tudo isso. Qual é a tecla que bato desde sempre? O Brasil pode fazer uma Copa do Mundo. Mas deve ter que fazer a Copa do Mundo do Brasil no Brasil. Antes de discutir o absurdo que é fazer um estádio de futebol em Cuiabá, Brasília, Natal, Manaus, o que acontece em São Paulo é um escândalo. Você dizer que um equipamento como o Morumbi não serve para um evento de um mês é um escárnio. O presidente do Corinthians dá uma entrevista e afirma que, para o Corinthians, o estádio do Itaquerão vai custar R$ 780 milhões, embora o estádio vá custar R$ 1 bilhão. E esses R$ 220 milhões, para onde vão?

Sul21 – Está fora de cogitação o Brasil desistir da Copa ou a Fifa decidir tirar a Copa do Brasil?

Juca Kfouri – Acho remotíssimo. Um país que quer uma vaga no Conselho de Segurança da ONU. Esse evento não é só o maior evento esportivo do mundo, mas o maior evento do mundo. Imaginar que o Brasil faça como a Colômbia, em priscas eras, e abdique da Copa, ou cassem a Copa do Brasil? Não, acho que se faz um acordo antes. A única remotíssima chance é um acordo da Fifa com a Inglaterra, para calar os inventores do futebol moderno. Como a Inglaterra faz uma Copa da noite para o dia, diante da paz com a Inglaterra, tirariam do Brasil. Mas é muito remoto.

Sul21 – Como você avalia a preparação das cidades-sede no Brasil?

Juca Kfouri – Pelo que acompanho, a única cidade que parece não correr riscos de atraso é Belo Horizonte. A única obra que parece estar adiante é o Mineirão, pelo que se diz. Todo o resto é uma baita interrogação. Já vi declarações do Jérôme Valcke dizendo que a Rússia está na frente do Brasil. Só que a Copa na Rússia é em 2018.

Sul21 – A essa altura do campeonato, sem possibilidade de grandes reviravoltas, o que pode o Brasil fazer para sediar a Copa da melhor forma possível?

Juca Kfouri – Eu diria que o Brasil deve investir seus eforços na modernização dos aeroportos, estradas, transporte coletivo, parque hoteleiro. E deixe a preocupação com as arenas como secundárias. Embora não tenhamos estádios ideais, com refomas bem feitas eles abrigariam perfeitamente a Copa do Mundo. O caso do Morumbi é muito claro. O caso do Maracanã era muito claro: tinha recém sido reformado para os jogos Panamericanos. Os Estados Unidos, país mais rico do mundo, fizeram uma Copa sem construir um estádio. A França ergueu um estádio em Paris. Já a África do Sul construiu quatro ou cinco elefantes brancos, e já se fala em implodir estádios. Eu cobri Brasil x Noruega, em Marselha, em 1998, no mesmo estádio que o Brasil tinha jogado na Copa de 1938. Dizer que tem que precisamos de 12 arenas novas no Brasil é um absurdo. Isso não serve aos interesses do país. Como não serviu, durante a ditadura, quando se construíram elefantes brancos que não tiveram até hoje sua capacidade ocupada.

"O que me deixa assustado é que a maior parte dos clubes que apoiou a cisão do Clube dos 13 não percebeu que obviamente estamos reproduzindo o modelo espanhol de Real Madrid-Barcelona com Corinthians-Flamengo." | Foto: Caio Guatelli/Nike Futebol

Sul21 – Gostaria de lhe perguntar também sobre o futebol brasileiro. Com o racha no Clube dos 13, fala-se que Corinthians e Flamengo vão se distanciar muito dos outros clubes, porque ganharão a maior parte dos recursos da Globo. Mas o atual Campeonato Brasileiro está muito parelho, com os grandes times bem estruturados e disputando o título.

Juca Kfouri – Estamos vivendo uma situação nova, fortemente influenciada pela crise da Europa, que impediu que nos últimos anos a Europa fizesse a a rapina que sempre fez nas janelas de transferência. Tem sobrado bons jogadores nos campeonatos. Estamos trazendo de volta alguns ídolos, mesmo que já a caminho do ocaso. O que me deixa assustado é que a maior parte dos clubes que apoiou a cisão do Clube dos 13 [não percebeu] que obviamente estamos reproduzindo o modelo espanhol de Real Madrid-Barcelona com Corinthians-Flamengo.

Sul21 – Na Espanha, os demais clubes se organizam para acabar com esse modelo.

Juca Kfouri – Mas é claro. O campeonato espanhol é um campeonato entre dois times. Acho que aqui não será de maneira tão gritante, porque temos times com torcidas importantes, como os dois times de Porto Alegre, os dois times de Belo Horizonte, mas a tendência é que o Corinthians e o Flamengo… No mínimo, o Corinthians tira o Montillo do Cruzeiro ao seu bel prazer. Se o Leandro Damião não for para Europa, o Flamengo vem e pega. Porque a diferença de dinheiro será muito grande.

Alexandre Vidal / Fla Imagem
"Mal ou bem, com modelos de gestão que não se modernizaram, Corinthians e Flamengo já algum tempo jogam os campeonatos brasileiros disputando a cabeça" | Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem

Sul21 – Você acha que isso ocorrerá nos próximos anos?

Juca Kfouri – Nos próximos anos. Nesse momento, você não percebe isso tanto. Mas veja. Mal ou bem, com modelos de gestão que não se modernizaram, Corinthians e Flamengo já algum tempo jogam os campeonatos brasileiros disputando a cabeça.

Sul21 – Imagina quando se profissionalizarem.

Juca Kfouri – Exatamente. Acho que, nesse aspecto, o Rio Grande do Sul está à frente. O Inter está à frente. O que o clube fez com seu programa de sócios é exemplar. Eu sei que existem distorções, há coisas a serem corrigidas, há ainda a manutenção de um grupo em torno do poder, mas seja como for o Inter é claramente um clube sustentável. Corinthians e Flamengo não são, mas serão com o mínimo de competência, só com o dinheiro da TV. O Inter jamais será o La Coruña, o Cruzeiro jamais será o Bétis. Há realmente essa diferença, felizmente graças à enorme população brasileira. Mas não tenho dúvida de que haverá um desbalanceamento de Corinthians e Flamengo em relação aos demais clubes.

"Mano foi para a seleção antes de poder ir para a seleção. Tanto que a escolha era o Muricy Ramalho. Essa coisa de ser o segundo faz o Mano entrar enfraquecido" | Foto: Rafael Ribeiro / CBF

Sul21 – Para fechar, vamos falar da seleção brasileira. Como você avalia o trabalho do Mano Menezes na formação dessa nova seleção?

Juca Kfouri – Sou suspeito aí, porque acho que o Mano foi para a seleção antes de poder ir para a seleção. Tanto que a escolha era o Muricy Ramalho. Essa coisa de ser o segundo faz o Mano entrar enfraquecido. E ele cometeu um equívoco grave entre seu discurso antes de assumir, que assino embaixo, para sua prática até assumir a seleção. Nem o Grêmio do Mano Menezes em 2005 era um time de encher os olhos, de resgatar as origens do futebol brasileiro, e nem o Corinthians em 2008. O que o Mano fez? Cumpriu a obrigação, em relação a recolocar o Grêmio na primeira divisão. Olhando para a Batalha dos Aflitos [como ficou conhecido o jogo, realizado no estádio dos Aflitos em 2005, em que o Grêmio venceu o Náutico com quatro jogadores a menos, classificando-se para a primeira divisão], aquele jogo era para ter acabado na hora em que o Paulo Odone invadiu o gramado. Acabou, o Grêmio está eliminado e o Náutico está na primeira divisão. O Mano Menezes, ao ter naquela Série B o clube que tinha na mão e não conseguir o acesso, provavelmente iria voltar para o interior do Rio Grande do Sul. E estaria ainda talvez marcando passo. Mas houve a Batalha dos Aflitos, uma página heroica da história gremista, sem dúvidas. Aí vem o grande mérito do Mano Menezes, que foi ter levado aquele time médio do Grêmio ao vicecampeonato da Libertadores em 2007. No Corinthians, com a diferença brutal de investimentos em relação aos demais clubes da série B, cumpriu a obrigação e subiu. O que seria fantástico, ganhar do Sport a Copa do Brasil de 2008 e se classificar para a Libertadores no mesmo ano em que voltou para a Série A, não conseguiu. E perdeu para o Sport da maneira Mano Menezes, jogando retrancado fora de casa.

Sul21 – Mas ele venceu o Inter na Copa do Brasil do ano seguinte.

Juca Kfouri – Aí é que está. Mano Menezes, no Corinthians, tem duas grandes façanhas. Embora os campeonatos estaduais não tenham a menor importância, Mano Menezes ganhou de São Paulo e Santos em finais estaduais de forma brilhante. Você dirá: o Ronaldo ganhou. Mas Mano Menezes era o treinador. Soube conviver com o Ronaldo, não se estressou com ele, apesar de todas as barbaridades que o Ronaldo cometeu do ponto de vista disciplinar. E ganhou a Copa do Brasil do Inter em dois jogos nos quais você tem que tirar o chapéu. Mas isso para mim é pouco para dar a ele uma seleção brasileira para dirigir. Esse é o ponto. Ao mesmo tempo, foi mal no campeonato paulista seguinte, no campeoanto brasileiro também. Nunca fez o Corinthians ser aquilo que ele discursou que faria com a seleção brasileira. Porque não é o jeito dele.

Mano Menezes
"Ele está tentando fazer com que o Ronaldinho Gaúcho assuma o papel de protagonista, mas a gente sabe que não é exatamente o feitio do Ronaldingo. Mas ele pode ter amanhã um bom time na mão. Com Kaká e Ganso recuperados, faz um time" | Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Sul21 – Mano Menezes sempre sonhou em ser técnico da seleção. Você acha que ele não estava preparado?

Juca Kfouri – Não estava preparado ainda. Talvez daqui a quatro, cinco anos, estivesse. Agora, sem dúvida, é um cara muito inteligente, muito maneroso no trato com as pessoas. Nesse aspecto, apareceu como um anti-Dunga no trato com a imprensa.

Sul21 – Como se manifesta essa falta de experiência dele na seleção?

Juca Kfouri – Acho que está se manifestando, por exemplo, quando ele faz declarações como fez em relação ao André Santos, ao Hernanes, que o grupo certamente olha para ele dizendo “esse cara não morre com a gente abraçado”, que era a grande qualidade do Dunga.

Sul21 – E em relação à safra de jogadores. Há bons nomes, mas não um craque que seja o protagonista.

Juca Kfouri – Ela é média. Mano deu azar, perdeu o Ganso, que poderia vir a ser esse cara. O Neymar é muito menino. Ele está tentando fazer com que o Ronaldinho Gaúcho assuma o papel de protagonista, mas a gente sabe que não é exatamente o feitio do Ronaldinho. Mas ele pode ter amanhã um bom time na mão. Com Kaká e Ganso recuperados, faz um time. Tem bons zagueiros, então acho que pode fazer. O problema é que não vai ter competições para por à prova a seleção, com exceção da Copa das Confederações. O fato de o Brasil não estar disputando as Eliminatórias, para um treinador que está chegando e formando um time, mais atrapalha do que ajuda.


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