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7 de outubro de 2011
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19:45

Não há data para o fim do Occupy Wall Street, diz Naomi Klein

Por
Sul 21
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Foto: David Shankbone/Flickr

Da Redação

A intelectual e ativista Naomi Klein falou para os manifestantes do movimento Occupy Wall Street, em Nova York, na noite desta quinta-feira (6). Em um discurso improvisado, amplificado pelos próprios manifestantes – já que microfones e caixas de som foram vetados pela polícia – Klein exaltou os protestos que sacodem o centro financeiro dos Estados Unidos há 20 dias. “Não há nenhuma data estabelecida para o seu fim”, declarou a ativista.

“Esse é o momento em que os empresários empurram goela abaixo a lista de políticas pró-corporações, como privatizar a educação e a seguridade social, cortar os serviços públicos, livrar-se dos últimos controles sobre o poder corporativo”, afirmou a ativista. “Só existe uma coisa que pode bloquear essa tática e, felizmente, é algo bastante grande: os 99%. Esses 99% estão tomando as ruas, de Madison a Madri, para dizer: ‘Não. Nós não vamos pagar pela sua crise’”, enfatizou a intelectual.

O discurso da ativista foi recheado de críticas à destruição dos recrusos naturais pelas grandes corporações. “Nós nos comportamos como se o finito – os combustíveis fósseis e o espaço atmosférico que absorve suas emissões – não tivesse fim”, afirmou. “Estamos poluindo nossas águas com fraturas hidráulicas e perfuração profunda, adotando as formas mais sujas de energia do planeta. A atmosfera não dá conta de absorver a quantidade de carbono que lançamos nela, o que cria um aquecimento perigoso”, acrescentou.

Sobre as relações que estão sendo feitas entre o Occupy Wall Street e os chamados protestos anti-globalização que iniciaram em Seattle no fim dos anos 90, Klein disse acreditar que, apesar dos objetivos serem os mesmos, há mais diferenças do que semelhanças. “Em 99 foram escolhidas as cúpulas como alvos: a OMC, o FMI, o G-8. Porém, elas são transitórias por natureza, só duram uma semana. Isso fazia com que as ações fossem transitórias também. O Occupy Wall Street, por outro lado, escolheu um alvo fixo. E não há nenhuma data estabelecida para o seu fim”, afirmou. “Dez anos depois, parece que já não há mais países ricos, só um bando de gente rica que saqueou a riqueza pública e esgotou os recursos naturais ao redor do mundo.”

Com informações da Revista Fórum


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