Geral
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13 de outubro de 2011
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11:30

Começa o debate sobre o sistema de avaliação do ensino público no RS

Por
Sul 21
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Cumprindo o prometido, o Sul21 dá início hoje (13) à campanha pelo resgate do ensino público de qualidade com a publicação de matéria, elaborada a partir de entrevista com a secretária adjunta da Educação do Estado do Rio Grande do Sul, Maria Eulália Nascimento. Ela traz a palavra oficial. Nos próximos dias, serão publicadas matérias, elaboradas também a partir de entrevistas, trazendo manifestações de outras partes envolvidas no debate sobre o sistema de avaliação do ensino público proposto pelo governo do Estado.

Além das entrevistas, será realizado um programa na TV Sul21 para o qual estão sendo convidados os representantes das diferentes posições sobre o assunto, a saber: o governo do Estado do RS, por meio da Secretaria Estadual de Educação, o Centro dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers-Sindicato) e também especialistas em educação e avaliação de desempenho docente.  O Sul21 não emitirá opinião durante todo o processo de debates, realizado por meio de matérias escritas e pela TV, abrindo espaço para que todas as posições se manifestem, expondo, esclarecendo, defendendo suas propostas e opiniões e questionando as demais. O Sul21 se reservará o direito, entretanto, de levantar questionamentos, sempre que julgar necessário e oportuno, e de apresentar seu posicionamento, ao final de todos os debates.

Seguindo este princípio, apresentam-se abaixo os primeiros questionamentos, dirigidos à Secretaria da Educação do Estado do Rio Grande do Sul, o órgão responsável pela proposta governamental e cuja representante foi a primeira entrevistada da série.

Tendo em vista que, de acordo com a manifestação da secretária adjunta da educação, a participação dos professores em encontros e cursos passará a ser o centro da avaliação docente, correspondendo a 64,86% do total da pontuação possível de ser conquistada por um professor, quais serão os critérios para definir os encontros e cursos que acrescentarão pontos para o docente?  Bastará que o professor participe de encontros ou cursos para que os pontos sejam validados? Estes encontros e cursos terão que estar relacionados aos conteúdos que cada professor desenvolve em sala de aula ou as temáticas serão livres? Encontros e cursos de aplicação indireta às atividades de sala de aula pontuarão da mesma forma que encontros e cursos relacionados diretamente às disciplinas e conteúdos desenvolvidos pelo professor junto aos alunos?

Atualização: Dando sequência às matérias sobre o sistema de avaliação do ensino público no RS, após a publicação da primeira versão deste editorial, o Sul21 publicou entrevista com a presidenta do Cpers-sindicato, Rejane de Oliveira. Naquela entrevista, a presidenta enfatiza que a entidade não terminara a análise do projeto governamental, mas que continua defendendo o atual plano de carreira, a manutenção do processo de avaliação tal como está hoje e que o governo pague o piso nacional para os trabalhadores em educação. Noutras palavras, Rejane de Oliveira afirma que a entidade que preside não abre mão de suas posições históricas e que, mesmo não tendo ainda concluído a análise da proposta que lhes foi entregue no final do mês, não aceita alterações no processo de avaliação atualmente existente.

Tendo em vista que o Cpers-sindicato teve audiência pela manhã com a Secretaria da Educação, cabe fazer aqui uma pergunta: após o primeiro debate com o governo, via Secretaria da Educação estadual, a entidade reafirma sua posição de não aceitar alterações no sistema de avaliação?

Fica aberta, desde já, a possibilidade de que as respostas a estas questões, bem como àquelas que serão formuladas oportunamente aos demais entrevistados, sejam encaminhadas à redação para publicação imediata, em nota especial, ou, ainda, apresentadas no debate a ser realizado pela TV Sul21.

Visando aprofundar a discussão e esclarecer da melhor forma possível os diferentes posicionamentos, o Sul21 abre também a possibilidade de os leitores enviarem suas dúvidas e questionamentos. Basta que as manifestações sejam postadas no espaço de comentários, logo abaixo deste editorial, ou, ainda, enviadas por email para o endereço eletrônico [email protected].


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