Da Redação
O conselho deliberativo do Grêmio decidiu, na noite desta quinta-feira (1º), não reabrir o processo administrativo contra o ex-presidente José Alberto Guerreiro pelo episódio dos “cheques da ISL”. A reunião, com baixo quórum dos conselheiros, foi acompanhada do lado de fora por um pequeno grupo de torcedores que pedia a exclusão do ex-presidente dos quadros do clube.
Em 2007, Guerreiro foi condenado a dois anos e dois meses de reclusão – convertidos em prestação de serviços comunitários – em razão do sumiço de três cheques, totalizando 310 mil dólares, enviados ao Grêmio no ano 2000 pela empresa ISL (International Sports Leisure), investidora do clube na época. Com a falência da ISL, descobriu-se que os cheques não haviam entrado na contabilidade do Grêmio. O ex-presidente recorreu da decisão, a pena foi reduzida para dois meses e o caso prescreveu.
O conselho já havia arquivado o processo em 2007 e, na nesta quinta, decidiu não aprovar um parecer da Comissão de Assuntos Legais e Estatutários, que pedia a instauração de um procedimento de ética contra Guerreiro. Dos 315 conselheiros aptos a comparecer, 177 compareceram à reunião. A decisão foi tomada por 101 votos contra 66 – além de dez abstenções.
Do lado de fora, um grupo de torcedores e integrantes de movimentos políticos do Grêmio pediram a exclusão de Guerreiro. O protesto havia sido convocado pela internet nos dias anteriores. Os torcedores entendem que a parceria frustrada com a ISL é responsável pela crise financeira do clube e a consequente falta de títulos no futebol. O ex-presidente Guerreiro deixou a reunião sem falar com a imprensa.