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1 de setembro de 2011
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19:12

CPT critica justiça por liberar mandante de chacina no Pará

Por
Sul 21
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Da Redação

O fazendeiro Marlon Lopes Pidde, mandante de uma chacina que matou seis trabalhadores rurais no município de Marabá, em 1985, foi posto em liberdade na semana passada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Foragido durante 20 anos, ele ficou preso entre 2006 e 2010. Em nota, a Comissão Pastoral da Terra Marabá (CPT) e a Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SPDDH) declararam repúdio pela morosidade da Justiça.

O caso ficou conhecido mundialmente e foi levado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), onde tramita um processo contra o Estado brasileiro, em razão da crueldade usada pelos assassinos para matar as vítimas. Os seis trabalhadores foram sequestrados em suas casas, amarrados, torturados e assassinados com vários tiros.

Marlon havia sido preso, preventivamente, pela Polícia Federal no final de 2006, depois de passar 20 anos foragido da Justiça. A prisão preventiva já havia sido decretada logo após a chacina, mas, de acordo com a nota, “a polícia paraense nunca empreendeu esforços para prender o fazendeiro”.

Segundo a nota também, “Marlon foi duplamente beneficiado pela morosidade da justiça paraense, primeiro, pelos 22 anos que o processo passou nas gavetas do fórum da comarca de Marabá; segundo pelos quatro anos que o processo ficou emperrado no Tribunal de Justiça (TJ-PA) para o julgamento de um simples recurso”.

As entidades acreditam que dessa forma, a justiça paraense reforça a impunidade e contribui com o aumento da violência no campo no Estado, afirmando que será encaminhada uma denúncia ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o TJ-PA.


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