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31 de agosto de 2011
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12:00

Miguel Nicolelis, intelectuais e vira-latas

Por
Sul 21
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Há muito o divórcio litigioso entre os intelectuais e o futebol foi decretado por uma entidade chamada opinião pública dos bem pensantes; divórcio de direito, mas não de fato: muitas pessoas, maiores ou menores dotes intelectuais, pretensões a mais ou a menos, títulos de doutor com PhD ou o mestradinho em faculdade do interior que o valha, enfim, toda uma escumalha não consultada diverge desse divórcio, e outros consultados também, como Miguel Nicolelis, aliás igual entre os diferentes, quer dizer, um doutor que não gosta de ser chamado de doutor e reconhece suas fragilidades e o alcance de seus talentos, como, por exemplo, sua pernadepauice, que o impediu de levar a termo seu Plano A de carreira (ser jogador de futebol), constrangendo-o ao seu pobrezinho Plano B (ser homem de ciência, pesquisador, essas coisas).

Nicolelis tem lá seus defeitos, alguns graves, como o de ser palmeirense, mas não apenas não é daqueles intelectuais que, por princípio, odeiam o futebol, como, dotado de um discurso científico afinado, é um entusiasta dele, a ponto de reconhecer nos craques não apenas dotes físicos e atléticos, mas intelectuais. Com justificativas pautadas na neurociência, nos explica que jogadores de futebol são seres humanos com capacidades mentais diferentes, especiais: para ele, o craque, a individualidade vai além do corpo: ele e a bola são um só, e os cálculos tempo-espaço necessários à articulação de jogadas, dribles, passes, chutes precisos, só são possíveis em um aparelho mental superdotado.

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