Da Redação
O premiê britânico, David Cameron, disse nesta quinta-feira (10), durante reunião no parlamento, que o governo estuda a possibilidade de impedir o uso de redes sociais, como Twitter e Facebook, para usuários planejarem e divulgarem ações de vandalismo como as que vêm sendo registradas nos últimos dias na Inglaterra. Cameron revelou que governo e polícia trabalham para bloquear a organização de ataques por outras tecnologias de comunicação.
Para Cameron, os incidentes em Londres e outras cidades inglesas “foram coordenados através da Internet e telefones celulares”. A ministra do Interior, Theresa May, vai se reunir nas próximas semanas com as empresas responsáveis pelo Twitter e pelo Facebook para discutir o que pode ser feito. “Eles devem pensar sobre suas responsabilidades e sobre bloquear essas imagens”, afirmou o primeiro-ministro.
Cameron revelou que o governo trabalha com a polícia e os serviços de inteligência e de comunicação para avaliar se é possível e correto impedir o uso das redes de relacionamento na internet. Ele disse também que os manifestantes estão articulando ataques por meio do Black Berry Messenger, uma rede social fechada. O governante disse ainda que as emissoras de televisão devem liberar para a polícia as imagens dos ataques que não foram ao ar, a fim de identificar suspeitos.
“O livre fluxo de informações pode ser usado para o bem, mas também pode ser usado para o mal”, disse o premiê britânico durante a reunião no parlamento. “Quando as pessoas usam as redes sociais para a violência, é preciso detê-las”, completou Cameron.
A onda de violência na Inglaterra começou após um protesto pela morte de um homem negro de 29 anos, em Tottenham, no último dia 4.
Com informações do The Guardian.