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17 de agosto de 2011
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20:23

Entidade pede ‘socorro’ para o Viaduto Otávio Rocha

Por
Sul 21
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"O viaduto é o cartão postal da cidade e está absolutamente degradado" | Foto: José Franscisco Botelho/Defender

Vivian Virissimo

Faixas com o pedido de “socorro” foram estendidas no Viaduto Otávio Rocha, na Avenida Borges de Medeiros, nesta quarta-feira (17) em Porto Alegre. A ação foi articulada por ativistas para marcar o Dia Nacional do Patrimônio Histórico. “Este foi o único ato em defesa do patrimônio realizado no País, pelo menos não soubemos de outras ações com essa envergadura”, disse Telmo Padilha da Defesa Civil do Patrimônio Histórico (Defender), entidade promotora do atividade que utilizou duas faixas com quinze metros de comprimento para sensibilizar a sociedade a respeito da questão.

Acompanhe a série Patrimônio Histórico no Sul21:
– Concluída parte do restauro da Igreja da Conceição
– Travessa dos Venezianos clama por cuidados
– Restaurar custa três vezes mais do que conservar
– Viaduto Otávio Rocha, um alumbramento

De acordo com Padilha, o objetivo da manifestação é mostrar o descaso com o local, inaugurado em 1932. “O viaduto é o cartão postal da cidade e está absolutamente degradado, com expressivas infiltrações, pichações, mofo, péssimas condições de higiene, calçamento e iluminação deteriorados”, destaca Padilha.

A faixa ironiza ao pedir ajuda a Borges de Medeiros, Otávio Rocha e Duque de Caxias a solução para os problemas. “Estamos pedindo aos mortos, já que os vivos de hoje não conseguiram resolver os problemas estruturais do viaduto. Na construção do viaduto, Borges de Medeiros era o presidente do Estado, Otávio Rocha era prefeito e Duque de Caixas nomeia a rua que corta o viaduto”, explica Padilha.

Entidade pede conservação do viaduto Otávio Rocha, inaugurado em 1932 | Foto: Telmo Padilha/Defender

O Dia Nacional do Patrimônio Histórico foi instituído em função do nascimento do advogado, jornalista e escritor Rodrigo Melo Franco de Andrade (1898/1969), criador do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional– IPHAN em 1937, e diretor da Instituição durante mais de 30 anos (1937/1968).


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