Da Redação
O plenário da Câmara absolveu na noite desta terça (30) a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), por 265 votos contra 166 e 20 abstenções, no processo de cassação por quebra de decoro parlamentar. A votação foi secreta. Ao ser absolvida pelos colegas, Roriz chorou.
O processo baseia-se em um vídeo de 2006 em que Roriz aparece recebendo dinheiro do operador do esquema de propina no governo do DF, Durval Barbosa, parte do caso que ficou conhecido como Mensalão do DEM. Na época, a filha do ex-governador distrital Joaquim Roriz ainda não era deputada federal. A fita com as imagens só foi divulgada em 2011, levando o PSOL a pedir ao Conselho de Ética da Câmara a abertura de processo de cassação.
O parecer do relator no Conselho de Ética, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), era favorável à cassação do mandato de Jaqueline Roriz, e fora aprovado, por 11 a 3, no conselho. Sampaio usou como argumento que as imagens mostradas neste ano mancharam a imagem da Câmara e que, portanto, a deputada ferira o decoro parlamentar, mesmo que o ato tenha sido cometido antes de ela ser eleita para o cargo parlamentar. O advogado José Eduardo Alckmin adotou como tese da defesa que fatos anteriores ao mandato não caracterizam quebra de decoro.
Na última sexta-feira (26), o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, apresentou denúncia ao STF contra Jaqueline Roriz. Como deputada federal, Roriz tem foro privilegiado, por isto deve ser julgada pelo Supremo. O ministro Joaquim Barbosa será o relator. Gurgel denunciou a deputada por peculato, por ter atuado para que um servidor desviasse dinheiro público.
Com informações da Agência Brasil e G1
