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1 de julho de 2011
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19:51

Após segunda paralisação, operários da Arena do Grêmio obtêm melhorias

Por
Sul 21
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Operários da OAS reunidos em frente à Arena do Grêmio | Foto: Daniel Cassol/Sul21
Em fevereiro, operários da OAS fizeram primeira paralisação | Foto: Daniel Cassol/Sul21

Vivian Virissimo

Depois da paralisação promovida nesta quinta-feira (30), a segunda em seis meses, os operários da Arena do Grêmio já retornaram às atividades. Um acordo com a empreiteira OAS garantiu o cumprimento de parte das exigências dos trabalhadores.

Esta é a segunda paralisação dos operários desde o início das obras da Arena do Grêmio no bairro Humaitá, zona norte de Porto Alegre. A primeira ocorreu em fevereiro, com duração de 20 dias.

Nesta quinta, cerca de 600 trabalhadores resolveram bloquear o portão principal da entrada do canteiro de obras para pressionar a construtora a atender suas reivindicações. Eles exigiam a diminuição do período de retorno para seus Estados de origem, melhorias nos alojamentos, além de reajuste salarial.

Das exigências, apenas a última não foi atendida, em função do reajuste para R$ 900 concedido na primeira paralisação. “Os operários aceitaram as condições dos empregadores para retorno das obras sem o aumento salarial porque o último reajuste de 8% foi realizado em maio”, afirmou Isabelino dos Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada (SITICEPOT).

Operário da OAS em um dos alojamentos da Arena do Grêmio
Na greve de fevereiro, operários conseguiram melhorar condições dos alojamentos | Foto: Daniel Cassol/Sul21

Em virtude da baixa temperatura registrada nos últimos dias, o pedido dos trabalhadores de melhoria nos alojamentos foi garantido pela mobilização. “As condições do alojamento não atendiam as exigências para suportar a frente fria que chegou ao Estado essa semana, assim a empresa concordou em promover reformas para garantir um ambiente mais confortável, além de sinalizar com a possibilidade de instalação de condicionadores de ar”, explicou Santos.

O frio intenso é um problema maior em virtude da maioria dos trabalhadores serem nordestinos, acostumados a altas temperaturas o ano todo. De acordo com o presidente do sindicato, cerca de 95% dos trabalhadores são originários do nordeste, principalmente da Bahia, Pernambuco e Piauí.


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