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19 de abril de 2011
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23:10

Seminário discute expansão da banda larga para todos os municípios do RS

Por
Sul 21
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Igor Natusch

Gestores públicos e representantes da iniciativa privada debateram, nesta terça-feira (19), o impacto que a extensão das conexões de banda larga poderá ter sobre os municípios gaúchos. O evento, batizado de “Banda Larga e Desenvolvimento Local – Os Benefícios Para as Cidades Gaúchas”, foi promovido pela Network Eventos e ocorreu no Hotel Sheraton, em Porto Alegre. Na pauta, o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) e medidas que podem ser adotadas para que a população tenha acesso a internet rápida e barata em todas as cidades do Rio Grande do Sul.

Ao final do seminário, foi divulgado o manifesto “Banda Larga é um direito seu!”, defendendo o acesso de alta velocidade à internet como serviço público e universal. Gérson Barrey, diretor de inclusão digital do governo do RS, diz que o objetivo do manifesto é fazer com que a população participe da mobilização, pressionando as empresas de telefonia a rever os valores e a qualidade geral dos serviços oferecidos. Em sua participação no seminário, Barrey também expôs o programa gaúcho de banda larga, que passa pela integração entre órgãos públicos e pelo uso das conexões de alta velocidade em projetos como telemedicina, ensino à distância e teletrabalho. O quadro no RS, segundo Barrey, ainda é précario, o que faz com a banda larga seja uma das prioridades estratégicas do governo gaúcho.

Já o diretor técnico da Companhia de Processamento de Dados do RS (Procergs), Lino Kieling, fez uma explanação na qual explicou as questões técnicas envolvidas na expansão da banda larga, além de fazer um diagnóstico sobre a situação em que se encontram os municípios gaúchos para receber essa tecnologia. A seguir, Kieling listou as necessidades das cidades do RS, enumerando o que já está sendo feito e o que ainda precisa ser encaminhado para que a expansão da rede de banda larga seja efetivada.

Um dos principais nomes presentes ao evento, o presidente da Telebrás, Rogério Santanna, declarou que a banda larga brasileira é cara, lenta e concentrada nas regiões ricas das grandes cidades brasileiras. De acordo com Santanna, a concentração do serviço em apenas cinco empresas diminui a concorrência, levando a serviços de menor qualidade. A universalização do acesso, portanto, dependeria de forma decisiva do aumento da concorrência.

Durante visita ao RS, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, garantiu que o governo federal pretende elevar o percentual de municípios brasileiros com banda larga de 35% para 70% em quatro anos. A meta, segundo Rogério Santanna, é implantar a banda larga em 4.283 cidades, sendo 27 capitais, numa extensão de 31 mil quilômetros de fibra óptica, em uma rede de alta performance ligando estados e municípios.

Por sua vez, o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Cléber Prodanov, acredita que a implantação de cidades digitais transformará o RS em um estado iluminado, com conteúdo, conectado ao restante do Brasil e ao mundo. “Esse é um dos projetos mais transversais do governo do Estado, pois envolve todas as secretarias e traz oportunidades reais de desenvolvimento”, declarou Prodanov.


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