Era o final dos anos 70, quase início dos anos 80. Em correspondência a um amigo, Caio Fernando Abreu pergunta, para logo em seguida lançar o desafio: quem está fazendo literatura pop hoje no Brasil? Ninguém? Então façamos nós. E Caio fez.
Seria simplista demais dizer que o escritor gaúcho limitou-se a ser um escritor pop no sentido menor da palavra, se é que ser pop signifique ser menor. A escritora Ligia Fagundes Telles definiu-o como uma espécie de “biógrafo das emoções”. E se esse termo for considerado num sentido mais amplo, tanto no terreno individualizado do leitor, como no aspecto do compartilhamento de experiências geracionais, não há definição melhor.