Felipe Prestes
Agora é oficial, Adão Villaverde será o presidente da Assembleia Legislativa em 2011. A decisão foi tomada em reunião da futura bancada petista, no final da tarde de hoje (16), no Plenarinho da Assembleia. No encontro, os petistas também definiram que Miriam Marroni será líder de governo. Daniel Bordignon será o líder da bancada do PT no biênio 2011-12, e Edegar Pretto ocupará este posto no biênio seguinte.
Villaverde disse que a escolha partiu de um consenso, houve unanimidade entre os futuros parlamentares do partido. O PT buscava chegar a este consenso há cerca de vinte dias, sem sucesso. O posto de Villaverde na presidência já era dado como certo. A questão chave era a definição entre Miriam Marroni e Daniel Bordignon. Quem ficaria com a liderança de governo e quem ficaria com a de bancada.
Adão Villaverde foi o principal interlocutor de Tarso Genro durante a votação do orçamento 2011 na Comissão de Finanças, e conseguiu aprovar as emendas que eram prioritárias para o futuro governo. O parlamentar não nega que isto pesou na escolha, mas destaca, sempre na terceira pessoa, que tem oito anos de mandato, e uma trajetória no PT e na política. “Acho que a escolha vem de um processo de acumulo que se deve à história partidária, trajetória nas relações políticas e sociais aqui no estado e de um perfil de mandato que também revelou a capacidade de posições firmes e, ao mesmo tempo, a capacidade de diálogo para a construção de consensos”, afirmou.
Gestão articulada e independente
Apesar de ter se destacado defendendo o governo Tarso, Villaverde garante que trabalhará sem esquecer da autonomia entre os poderes Executivo e Legislativo. “Sou identificado com o projeto que venceu no RS, mas tenho que ser o presidente de todos na Casa. A relação com o governo vai ser de um poder que tem independência e autonomia, mas que vai exercer uma relação harmônica com os demais poderes”. O parlamentar destacou que a Assembleia deve colocar em pauta temas de importância para o estado, e não apenas esperar a ação do Executivo.
O futuro presidente da AL disse que a reunião do PT reafirmou a ideia de que a mesa diretora seja “pluripartidária”. Além disso, afirma que todas as decisões sobre a gestão da Casa serão feitas em diálogo com os partidos que também terão direito à presidência na próxima legislatura “Vamos fazer uma gestão articulada entre as maiores bancadas, os futuros presidentes e os outros partidos que irão compor a mesa. Todas as questões serão pensadas em conjunto”.
Comissões
Na reunião o PT também tomou resoluções sobre as presidências de comissões. O partido tem direito à presidência de três delas no primeiro biênio. O PT poderá escolher a primeira comissão e escolherá a Comissão de Segurança e Serviços Públicos. O presidente será Luis Fernando Schimdt. A partir daí, outros partidos escolherão comissões para presidir, então o PT não definiu quais quer presidir. O certo é que Marisa Formolo dirigirá a segunda comissão que o partido puder escolher, e Valdeci de Oliveira a terceira.
