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21 de novembro de 2010
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13:49

Grupo de Comunicação propõe ao Governo Tarso criação de um Conselho e incentivo às mídias digitais

Por
Sul 21
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Grupo de Comunicação propõe ao Governo Tarso criação de um Conselho e incentivo às mídias digitais
Grupo de Comunicação propõe ao Governo Tarso criação de um Conselho e incentivo às mídias digitais

Rachel Duarte

Comunicação

Ainda com dificuldades para se estruturar nacionalmente, o Conselho de Comunicação Social é também um desafio dos estados brasileiros. Causador de divergências sobre o seu papel e importância, o órgão poderá existir a partir de 2011, na gestão do governador Tarso Genro (PT). Um grupo de profissionais da comunicação, entre futuros gestores da área no governo Tarso, representantes das universidades e ativistas da imprensa alternativa, debatem, de forma intensa nos últimos dias, a consolidãção de um documento com as propostas de políticas públicas para a comunicação no estado. Neste sábado, 20, o grupo realizou a última plenária e o documento deverá ser finalizado e entregue ao governador eleito até a próxima quarta-feira, 24.

As ideias do documento foram sugeridas por integrantes da blogosfera, das rádios comunitárias, da TVE e de demais organismos de imprensa que contribuíram de forma espontânea com o planejamento da futura Secretaria de Comunicação. Entre os principais temas, a criação do Conselho de Comunicação no estado abriu um debate que será proposto à sociedade, quando começar a gestão de Tarso. A jornalista e assessora de Tarso Genro no governo Lula, Vera Spolidoro, sugeriu o amplo debate como encaminhamento da plenária. A discussão sobre a melhor forma de instituir o conselho ocorrerá na câmara temática de comunicação, dentro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social – CDES.

Outro ponto consensual na reunião foi a necessidade da criação de um sistema público de comunicação, com fortalecimento das mídias públicas e a valorização de novos formatos e mídias. A expectativa do grupo com o futuro governo Tarso é de que aconteça a democratização da comunicação, uma equalização das aplicações de recursos para publicidade nos veículos de comunicação e a inclusão digital.

Os anseios do grupo vão ao encontro dos eixos norteadores da Secretaria de Comunicação do futuro governo. A proposta ainda será apresentada a Tarso foi sistematizada por uma comissão nomeada pelo grupo e trata de três campos: comunicação institucional, comunicação pública e inclusão digital.

“O exercício de uma política de comunicação nos marcos republicanos determina que se considere a evolução das mídias de massa e as tecnologias que permitem a abertura do campo da comunicação a novas mídias e às redes. Nesse cenário, nossa política de comunicação deve assumir-se como integrada, transversal e democrática. Projetada para dialogar e interagir com as novas dimensões econômicas, sociais, políticas e culturais da realidade, sua missão é dar visibilidade a ideias, valores e conceitos que sustentarão o governo da Unidade Popular” – diz o documento.

Governo 2.0

Redes sociais da internet

Uma nova demanda de comunicação na gestão pública são as mídias digitais, a internet e o conceito 2.0 – que é o batismo da comunicação do século 21. As possibilidades de mídias sociais e utilizações do universo web serão uma prioridade dentro do governo Tarso. Há previsão de projetos de comunicação digital, redes sociais, programas de fomento a meios e redes sociais digitais (sites,blogs,portais) e um setor para pesquisa e inovação nesta área.

Para o blogueiro e ativista das redes sociais na Agricultura Familiar, Lúcio Berdan, mais importante que inclusão digital por garantia de acesso a internet, a inclusão digital deve consistir em uma capacidade de elaborar conteúdo. “As possibilidades de comunicação nas redes tem repercussão mundial. A internet pode contribuir para o exercício da cidadania, a fiscalização do governo e para participação popular”, salienta.

Já a professora do curso de Relações Públicas da Ufrgs, Tânia Almeida, propõe a reflexão sobre a prática pessoal dos profissionais de comunicação dentro e fora do governo. “Precisamos provocar o pensamento para além das gavetas. Não podemos trabalhar como se a minha área fosse mais importante ou a mais certa. Publicidade, Relações Públicas, Jornalismo e mídias digitais têm que se integrar”, ressalta.


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