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29 de maio de 2010
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18:00

Polícia faz batida para obter DNA de filhos adotivos de dona do Clarín

Por
Sul 21
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A Justiça argentina determinou nesta sexta-feira (28) que a polícia entrasse na casa dos dois filhos adotivos de Ernestina de Noble, dona do poderoso grupo de multimídia Clarín, para o recolhimento de amostras de DNA que determinem se são filhos de desaparecidos na ditadura argentina (1976-83), informou uma fonte judicial. A casa foi vasculhada ainda na noite de ontem.

Marcela e Felipe Noble Herrera são protagonistas de uma ação judicial iniciada em 2001. A operação de ontem, na qual foram coletados objetos que poderão servir para revelar o padrão genético de Marcela e Felipe Noble Herrera, foi realizada por ordem judicial, após a negativa dos jovens de realizar um exame de sangue.

A justiça busca comparar o DNA de ambos com as amostras armazenadas no Banco Nacional de Dados Genéticos que correspondem aos de familiares de desaparecidos.As Avós da Praça de Maio consideram que os dois jovens, adotados em 1976, são filhos de desaparecidos nascidos no cativeiro de suas mães no regime militar.

A ação é possível graças à lei aprovada pelo Congresso argentino em novembro passado que permite que, ante uma suspeita de que alguém possa ser filho de desaparecido, a justiça pode exigir a obtenção de amostras de DNA para comprovar, seja voluntária ou compulsoriamente, ainda que “do modo menos lesivo e sem afetar o pudor”.

No caso de Ernestina de Noble, do Clarín, as principais suspeitas recaem sobre sua filha Marcela, que, segundo o engenheiro mecânico Carlos Miranda, seria na realidade Matilde, filha de sua irmã, Amelia, e de seu cunhado, Roberto Lanuscú – militante montonero durante a ditadura militar argentina.

Com AFP


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